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As patotas acadêmicas entre mestres e doutores

As patotas acadêmicas entre mestres e doutores

19/09/2014 Heitor Machado

Um antigo ditado chinês diz que não há bons ventos para quem não sabe aonde quer chegar. Completo, não adianta correr muito sem objetivo.

Eu e meus sócios temos ambições muito claras, queremos mudar a educação. Como? Queremos que ela se torne mais efetiva. Você não mata mosca com bazuca, entende aonde quero chegar? Quando falamos de produtividade no Brasil, esquecemos muitas vezes que estamos analisando conceitos muito fáceis que se encontram equivocados em suas raízes. Infelizmente, muitas das produções educacionais de graduação, mestrado e doutorado são análises subjetivas, incompatíveis com resultados práticos.

Papel aceita qualquer coisa e infinitas teses estão se acumulando em bibliotecas sem utilidade. São anos e anos de trabalho sem efetividade. Não obstante, muitas vezes esses resultados acadêmicos são financiados com dinheiro vindo de bolsas. Isso é, na prática trabalhos como “MY PUSSY É O PODER: A representação feminina através do funk no Rio de Janeiro: Identidade, feminismo e indústria cultural”, “As estratégias de vida das costureiras: confecção, facção e confiança no Pólo de Moda de Petrópolis”, entre outros, estão servindo de acúmulo de títulos sem utilização geral para a sociedade.

Na Escola Naval, um veterano pediu, a título de trote, que um colega fizesse uma redação sobre "A influência da menstruação da baleia azul nas correntes antárticas". Essa redação teve o mesmo uso de alguns trabalhos que levam anos para serem produzidos, foram guardados na lembrança e viraram uma boa história de bar. A única diferença prática está na hora do almejado concurso público. O aluno que estudou 4, 6, 10 anos, estará à frente de outros candidatos nas provas de entrada para cargos públicos nas faculdades federais.

Sendo depois de aprovado, o docente a ensinar mais "profissionais" criadores de mais teses exóticas. Super válido, não fosse a fonte dos financiamentos, os fundos destinados à educação. Assim como quem decide o aumento dos parlamentares, são os próprios, quem decidirá o futuro pensador serão os próprios intelectuais! Tenho gosto por resultados concretos na área educacional, percebo que falta efetividade nesses caminhos. Compartilhando sobre o meio que vivo muito, o de Startups, que são empresas nascentes que ainda estão no campo das idéias.

Existem empresas especializadas no crescimento dessas pequenas sementes, chamadas “Aceleradoras”. Essas empresas são responsáveis pela seleção das Startups para os programas de alavancagem e em contrapartida viram sócios dessas pequenas empresas que tem grande chance de se tornarem empresas milionárias. Quando Mike Markkula fez o investimento na Apple, em 1976, era isso que ele estava fazendo, acreditou na idéia, investiu parte de suas economias e fez da Apple uma das maiores empresas do mundo. Aconteceu com Dropbox, Waze, entre outros.

O efeito prático desses investimentos é um retorno absolutamente ponderável e fazem diferença. No entanto, a cultura de graduação não segue a mesma lógica. O produto final da produção intelectual só é atestado por uma banca, ao final de um grande ciclo de gastos de tempo e dinheiro. Dizem no mercado financeiro que “quem vende sonho é padaria”, vivemos num mundo real aonde recursos são escassos e precisam ser bem alocados, ignorar essa lei econômica é desrespeitar o pagador de impostos, qualquer cidadão que vive e produz resultados efetivos.

Não seria, talvez, mais efetivo que essa massa intelectual pensasse em retorno prático? Vou dar uma dica aqui de tese: A ingratidão de alguns cientistas humanos pelo capitalismo. Antes da revolução industrial, 95% das pessoas estavam voltadas para a produção de alimentos. Com a elevação da produtividade, vindo da mecanização dos meios de produção no campo, reduzimos esse número a 5%. Uma em cada vinte pessoas no mundo trabalham para produzir comida, enquanto que as outras 19 estão envolvidas em outras atividades, inclusive nas faculdades para produzir material anticapitalismo.

Ignoram que não fosse esse aumento de produtividade, estariam vivendo até no máximo 40 anos. Não me surpreende o fato do grande sucesso dos MBA’s (pós-graduações voltadas para negócios) e Mestrados Profissionais estarem numa insana procura, aonde as filas de espera podem chegar a meses. Na minha luta pela melhoria da educação, procuro a mudança para esse tipo de efetividade. Atender a demanda reprimida que há nesse mercado ainda engessado.

E acho simplesmente absurdo que a vaga e uma boa bolsa em dinheiro para a formulação da tese venham antes da mínima avaliação se aquela idéia terá ou não eficácia no mundo real. Vejo que a educação ainda tem muito a aprender com a iniciativa privada, na forma de avaliação e gestão que são as medidas imediatas a serem adotadas o mais rápido possível, sob ameaça de continuar a ser mais uma suculenta teta na vaquinha do governo.

*Heitor Machado é empreendedor e Colunista do Instituto Liberal.



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