Estradas evoluíram 3,4%, mas frota cresceu 194%
Estradas evoluíram 3,4%, mas frota cresceu 194%
Pesquisa da CNT mostra poucas melhorias nas rodovias de 2001 com 2015 e 2016, apesar do maior número de veículos.
Quem vive na região Sudeste e acha que a maior parte das nossas estradas são pavimentadas, precisa saber que não. Apenas 12,2% das rodovias possuem pavimentos, ou 210.618,8 km de uma extensão total de 1.720.643,2 de malha viária.
Os dados são de pesquisas da CNT (Confederação Nacional do Transporte). E, mesmo assim, desses 210.618,8 km de estradas pavimentadas, 94% são de pistas simples e 5,3% de rodovias duplicadas (0,7% estão em duplicação).
Em 2001, a mesma pesquisa apontava que 9,8% das estradas eram pavimentadas, ou seja, uma evolução de apenas 3,4% em 16 anos.
No mesmo período de uma década e meia, a frota de veículos em geral aumentou de 31,9 milhões para 93,9 milhões. O maior crescimento foi da frota de motocicletas, que cresceu 420,2%, seguida da de automóveis (141,6%), ônibus (119,5%) e de caminhões (84,3%).
Transporte de cargas
A pesquisa da CNT também apurou que o Brasil possui 111.743 empresas de transporte de cargas, 274 cooperativas e 374.029 caminhoneiros autônomos. Sobre os números de empresas de transporte de cargas, vale ressaltar, que muitos caminhoneiros abriram microempresas por solicitação de clientes. Portanto, o número de profissionais autônomos é maior do que a estatística acima, pois muitos para a ter CNPJ.
Transporte ferroviário
E quem acha que o transporte ferroviário não cresceu, precisa saber que não. Cresceu sim. Em 2001 foram fabricados 748 vagões de cargas. Em 2016, 3.903 unidades. Um crescimento de 421,8%. No caso de vagões de passageiros, o crescimento, percentualmente, foi maior: 566,2%. Porém, a base de 2001 era menor, quando foram fabricadas 71 unidades contra 473 em 2016. O relatório da CNT aponta que malha ferrovia hoje tem 29.165 km, porém, não há dados de 2001 para comparação.
Os dados acima apontam que ainda há um Brasil a ser construído em termos de infraestrutura. Se por um lado vivemos em um país em estradas e ferrovias, por outro lado, há um país de oportunidades para as gerações atual e que está chegando. O negócio é torcer que a política e a economia entre nos eixos para, pelo menos, que as pessoas possam trabalhar.