Indústria aumenta demanda por profissionais de cibersegurança
Indústria aumenta demanda por profissionais de cibersegurança
Brasil tem apenas 290 mil profissionais, dos 620 mil necessários, para garantir a segurança cibernética das organizações.
O número de ataques cibernéticos, que já vinha aumentando nos últimos anos, teve um salto durante a pandemia do novo coronavírus. O Brasil está entre os países que lideram como alvo e tem a necessidade urgente de formação e qualificação de profissionais. Hoje, o país não tem nem metade da força de trabalho necessária para responder às ameaças e evitar prejuízos, que vão da violação de dados de clientes e vazamento de informações confidenciais até a paralisação de linhas de produção na indústria.
Para responder à demanda, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) lançou no último dia 10, cinco academias de segurança cibernética, localizadas em Brasília, Fortaleza, Vitória, Londrina e Porto Alegre. A inauguração ocorreu em uma live, com a participação de especialistas em educação profissional e cibersegurança, às 16h no canal do SENAI no Youtube.
Além das instalações físicas, vários cursos ofertados são on-line, o que os coloca ao alcance de candidatos de todo o país. Os equipamentos e sistemas disponibilizados nas unidades do SENAI formam um ambiente seguro para realização de competições cibernéticas, palestras, consultorias e cursos.
Profissão em alta (e em falta)
A organização internacional (ISC)² situa o Brasil entre os países com os maiores mercados de trabalho de cibersegurança. Levantamento de 2020 estima um gap da força de trabalho – a diferença entre o número de profissionais capacitados que as organizações precisam para se proteger e a capacidade atual disponível para realizar o trabalho – de 3,1 milhões de profissionais em todo o mundo e de 331.770 no Brasil. Aqui, a força de trabalho total estimada é de 626.650 profissionais.
Em 2018, o próprio SENAI já apontava as profissões de engenheiro de cibersegurança e analista de segurança e defesa digital entre as 30 novas ocupações da Indústria 4.0. Tendência que se confirmou em 2020, com a projeção das oportunidades de emprego pós-Covid 19.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, explica que a demanda por segurança resulta do uso das tecnologias digitais na indústria, com consequências no mercado de trabalho. “Com os avanços, vêm os desafios. Garantir a segurança na indústria é garantir a credibilidade dos negócios, o funcionamento da cadeia produtiva e a economia do país. Para isso, precisamos de profissionais especializados”.
Cursos
O SENAI tem 17 cursos no portfólio para diferentes níveis de conhecimento. Dos que estão com inscrições abertas, seis são on-line e autoinstrucionais e dois são cursos técnicos e semipresenciais. Os outros nove estão previstos para 2021. Confira na loja do Mundo SENAI.
Inscrições abertas
O destaque é o Curso prático Simulação hiper-realista de ataques cibernéticos: 40 horas, a distância, valor de lançamento de R$ 2,56 mil e mais 20% de desconto com o código CIBER+20. Valor pode ser parcelado em até cinco vezes e tem pacotes para empresas. Matrículas até 01/02/2021. A especialização com o simulador é para profissionais que já tenham conhecimento e prática em TI, especialmente em redes de computadores.
- Segurança Cibernética Aplicada à Indústria 4.0
- Introduction to Cybersecurity - parceria SENAI e NetAcademy Cisco
- Cybersecurity Essentials - parceria SENAI e NetAcademy Cisco
Fonte: CNI