O que as pessoas podem fazer para melhorar o espaço em que vivem com foco na sustentabilidade e menos poluição? Pode parecer pouco, mas a mudança de comportamento de cada cidadão pode ajudar na luta mundial para frear o aquecimento global, além de deixar o planeta mais limpo e justo para nós e para as gerações futuras.

Pequenos hábitos sustentáveis podem ser adotados dentro de casa, no condomínio e na comunidade. O uso consciente da energia elétrica, bem como a geração da própria energia são algumas medidas que contribuem para a redução dos índices de emissão de poluentes, além de gerar benefícios em tributos. Isso porque, na capital mineira existe o programa Crédito Verde, da Prefeitura de Belo Horizonte, para estimular proprietários de imóveis a realizarem ações de sustentabilidade ambiental relacionadas ao uso de água, energia, enfrentamento das mudanças climáticas, mobilidade, permeabilidade e destinação de resíduos. 

A ideia é compensar quem realizar a instalação de mecanismos que reduzam o consumo de recursos naturais. O Programa de Certificação de Crédito Verde foi instituído pela Lei 11.284/2021.

Outra ação importante é a redução da produção de lixo e reutilizar tudo o que for possível. Os recicláveis podem ser separados para a coleta seletiva, como papéis, plásticos, vidros e metais.

A engenheira ambiental da Idyll Environmental Economics, Beatriz Faria afirma que se cada um fizer a sua parte, somado às políticas governamentais e à educação climática é possível evitar o aumento da temperatura global em 1,5 graus até a próxima década, o que poderia intensificar o surgimento de episódios climáticos devastadores como secas prolongadas e chuvas torrenciais.

Para ter uma ideia da dimensão do problema, o último levantamento do think tank international  Carbon Brief, coloca o Brasil entre os maiores poluidores do mundo. No estudo, que levou em consideração o desmatamento, ao contabilizar a liberação de CO2, o Brasil aparece em quarto lugar no ranking de emissões desde 1850, atrás somente de países como Estados Unidos, China e Rússia.

“O jargão ‘pense globalmente e atue localmente’ serve muito bem para as questões apresentadas. Se por um lado, somos todos responsáveis pelos problemas que enfrentamos, por outro podemos nos colocar como partes da solução”, ponderou.

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