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O uso de dados e a vida depois da pandemia

O uso de dados e a vida depois da pandemia

07/07/2020 Paulo Padrão

Para muita gente, a pandemia do coronavírus tem gerado uma sensação de que nada mais será como antes.

É um pensamento aparentemente justo, uma vez que todos nós estamos, em alguma medida, aprendendo a viver uma vida diferente, à espera do que muitos já se habituaram a chamar de “o novo normal”.

De fato, muita coisa mudou e ainda mudará, mas também é verdade que alguns conceitos já existentes serão reforçados com a crise. É o caso, por exemplo, do papel dos dados digitais na sociedade.

Nos últimos meses, vimos que o valor dos registros vai muito além da área de tecnologia das empresas.

A capacidade de análise inteligente de dados ganhou espaço como um fator utilizado por governos dos mais diversos países, em busca de formas de combater e aplacar as ondas de contágio, e por laboratórios, universidades e empresas, trabalhando arduamente para consolidar pesquisas e desenvolver soluções no combate à COVID-19. Os dados, portanto, foram e estão sendo utilizados para salvar vidas.

Evidentemente, todo esse movimento global só foi possível por conta de um sólido ajuste de colaboração, unindo diferentes propósitos para garantir a segurança das pessoas.

Mas também foi essencial a existência de tecnologias para agrupar, organizar, catalogar, cruzar e recuperar informações úteis para a definição das ações que serviriam de base para os avanços em cada uma das áreas.

Ainda assim, as iniciativas com o uso de dados digitais ganharam os holofotes globais não apenas como um caminho positivo e imune às dúvidas.

A utilização dos registros e conteúdos virtuais serviu também para realimentar as discussões sobre o limite da privacidade na era digital.

Na China, por exemplo, o governo criou uma série de soluções para estimular o isolamento social e a busca por saídas do surto a partir da consolidação de informações da população.

Entre as ações, destaque para o desenvolvimento de aplicativos capazes de rastrear e monitorar os cidadãos em todas as tarefas do dia a dia – do ato de sair às ruas até onde cada um dos chineses utilizava seus cartões de crédito.

O mesmo aconteceu na Coreia do Sul, país que recebeu vários elogios em relação ao controle de casos e mortes por coronavírus.

Lá, a aplicação em uso permite o monitoramento dos indivíduos, principalmente aqueles que foram infectados pelo vírus ou que tiveram contato com pessoas doentes.

O controle seria, a princípio, anônimo – mas era possível saber se alguém na sua vizinhança estava contaminado, o que poderia representar, portanto, algum grau de invasão de privacidade.

No Brasil, o uso de ferramentas desse tipo foi aparentemente menor. Digo aparentemente pois é fato que diversos Estados usaram dados de geolocalização para monitorar o nível de isolamento social e diversos aplicativos e lojas virtuais também se renderam às ferramentas desse mercado para garantir a comunicação com os clientes.

Neste contexto, é válido destacar que ninguém duvida de que a “intenção” por trás dos apps da China e da Coreia do Sul ou das iniciativas de gestão governamental no Brasil eram boas.

Entretanto, também deixam evidente que a disponibilidade de nossas informações pessoais leva ao fim da privacidade de cada um de nós.

É neste cenário que a nova Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) ganha total sentido em tempos de pandemia – e depois dela.

Além disso, não importa mais se a legislação foi ou será oficialmente adiada - a verdade é que hoje em dia poucos indivíduos ou grupos ainda conseguem duvidar dos ganhos práticos que essa lei poderá trazer aos cidadãos de nosso País.

De acordo com estudos internacionais, o uso de soluções em Nuvem cresceu mais de 30% desde o início da pandemia, alimentado pelo avanço das ferramentas de e-commerce, novos métodos de atendimento virtual e, ainda, pelo trabalho remoto.

Como consequência, o tráfego de dados está em alta, com mais informação valiosa circulando por aí.

Vale salientar que, embora o crescimento dessas cargas tenha ocorrido de surpresa, muitas vezes sem planejamento algum, nada sugere que essa perspectiva de aumento no volume de dados em rede mudará após a pandemia.

Pelo contrário: muitos empreendedores finalmente perceberam que é que possível, sim, usar o mundo on-line para gerar negócios.

A tendência, portanto, é que os índices de uso de informações e registros virtuais siga se expandindo diariamente.

Por isso, a questão é: o que pode ser feito para agregar mais inteligência e segurança ao enorme volume de operações e dados digitais que estão crescendo nesse “novo normal”, com o mundo a cada dia mais on-line?

O futuro nos indica que será essencial ampliar a capacidade de proteção às informações e, além disso, a implementação de ferramentas práticas para automatizar e potencializar a utilização dos registros armazenados.

Para tanto, é fato que a LGPD ajudará a nortear as organizações, estipulando diretrizes. A inteligência de dados e o gerenciamento de conteúdo são chaves desse novo mundo.

É assim que poderemos unir os ganhos relativos à inovação tecnológica das estratégias orientadas por dados e, ao mesmo tempo, impedir que a utilização indevida das informações pessoais aconteça e coloque em risco a satisfação de clientes e cidadãos.

É preciso ter cuidado, mas é fundamental seguir em frente – afinal, assim como na pandemia, estamos tentando buscar uma vida mais saudável, segura e, com certeza, melhor.

* Paulo Padrão é Vice-Presidente Sênior & General Manager LATAM da ASG Technologies.

Fonte: PLANIN



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