Fechamento de lojas de shopping ameaçam 20 mil empregos
Fechamento de lojas de shopping ameaçam 20 mil empregos
O decreto de fechamento de lojas e serviços considerados “não essenciais”, em Belo Horizonte, ameaçam cerca de 20 mil empregos diretos.
Um levantamento da ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) mostra que das 3.000 lojas localizadas em 22 shoppings da capital mineira, cerca de 20% já não terão mais condições de reabrir com a continuidade do lockdown, que impõe o fechamento do comércio.
“Ao longo de 2020, o comércio se adaptou com a implantação de diversos protocolos de saúde aplicados com sucesso em todo o país. Ainda assim, a prefeitura local não dialoga com os setores específicos do comércio e serviços, onde há um total de mais de 120 mil empregos diretos ameaçados.”, comenta Nabil Sahyoun, presidente da ALSHOP.
Só a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG) mostra que, entre janeiro e novembro de 2020, Belo Horizonte perdeu 6.982 postos de trabalho formal no comércio, e 12.526 vagas no setor de serviços. Além disso, 21.746 empresas foram encerradas na capital, segundo o Mapa de Empresas do governo federal. Segundo a prefeitura de Belo Horizonte há 156 mil empresas em funcionamento na capital e 84% delas estão autorizadas a funcionar.
“São pouco mais de 3.000 lojas em shoppings que investiram em protocolos e estão fechados, sem falar nas mais de 30.000 lojas de rua. Só no setor de restaurantes, 4.000 já faliram e fecharam as portas enquanto cerca de 600 lojas, só neste ano, podem não mais reabrir quando terminar o lockdown.”, diz Sahyoun.
“A própria OMS já admite que fechamentos desse tipo não surtem efeito algum, a exemplo de localidades que fecharam suas economias como na Argentina, no Reino Unido e cidades como Nova York, onde os casos de COVID 19 não recrudesceram como esperado. Por outro lado, governos estaduais nem sempre ampliam a capacidade da rede de saúde e encontram no setor econômico o seu bode expiatório para medidas sem a devida comprovação”, finaliza.
Fonte: Quatro Comunicação