Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A arte de partejar

A arte de partejar

13/05/2019 Acedriana Vicente Vogel

Não há pai, mãe ou responsável que não queira o bem para o seu filho.

Bem como, de que o todo professor quer o melhor para o seu aluno. Portanto, está entre as intenções do adulto responsável aumentar as possibilidades de vida e de felicidade da experiência humana.

Mas o que vem a ser querer o bem, querer o melhor em relação ao outro? O verbo partejar traz em sua essência os indicativos para compor essa resposta. Significa dar à luz, trazer a vida, dar vez ao outro que, pelo princípio da alteridade, tem o direito de, ao longo da sua história, constituir-se por meio das relações que ele estabelece com seus referentes. De emanar a sua energia particular, produzindo luz própria.

Enquanto se irradia a energia gerada pela vida, de forma circular, num processo de captação e transferência entre as pessoas, se persegue um objetivo comum: ser feliz - que, curiosamente, é um horizonte que não se consegue construir sozinho.

Identifica-se, portanto, uma das principais características humanas: a interdependência, ou seja, a necessidade da presença do outro na vida de cada um. A origem latina da palavra feliz remete à fertilidade, à capacidade de despertar em si e no outro a vida fulgurada.

Assim sendo, felicidade tem relação direta com o sentimento de vida fértil. José Outeiral, médico psiquiatra, tem um exemplo pertinente ao contexto conceitual que se pretende construir, no que diz respeito ao adulto responsável.

Trata-se daquele que vê em seu filho/aluno o Davi que Michelangelo conseguia enxergar em um pedaço de pedra. A sua arte concentrou-se, apenas e tão somente, em retirar os excessos, para que todos pudessem apreciar a obra que estava contida na pedra.

Isso é trazer à luz, tornando real o que já existia potencialmente, pela energia de um “sopro”, carregado de expectativa positiva. É acreditar, a priori, na possibilidade capturada pelo olhar atento e generoso, ajudando o outro, por quem se responde, a se realizar.

Para tanto, faz-se necessário refletir em torno de alguns questionamentos que ajudam a ampliar a consciência sobre as energias capazes de se transformar em “sopro de vida”.

Como adulto responsável, as suas ações revelam uma proximidade com o conceito de raiz, que nutre, alimenta e revigora? Ou com o de âncora, que imobiliza e aprisiona, transformando-o em um ídolo para o seu referente? Seu fazer se concentra no que é possível ou no tornar possível o que é necessário? Suas atitudes promovem a fertilização ou a esterilização do potencial humano daqueles com os quais se relaciona? Seu filho/aluno tem ciência do lugar de valor que ele ocupa em sua vida e das suas expectativas em relação ao seu potencial?

Pertencer ao projeto de vida de um adulto responsável é salutar e indispensável para o desenvolvimento das potencialidades humanas. O sentimento de pertença, uma vez existente, precisa ser cultivado pela qualidade do tempo e da energia investidos nas oportunidades de relacionamento.

Cada vez mais se constata que esse sentimento se apresenta como basilar para a realização do projeto de vida dos filhos/alunos que, quando assumidos como um lugar de valor em nossas vidas, são cativados - e acabamos por nos tornar responsáveis, parafraseando Saint-Exupèry.

* Acedriana Vicente Vogel é diretora pedagógica da Editora Positivo.

Fonte: Central Press



O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan