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A burrice chapada de alguns suicidas da oposição

A burrice chapada de alguns suicidas da oposição

11/03/2010 Fábio P. Doyle

Lula, no melhor estilo de Fidel em Cuba, manda e desmanda no PT. Já a oposição se divide em dissidências internas e pode perder a batalha por incompetência e tendência suicida de alguns dirigentes.

COMO é difícil interpretar a política brasileira! Como é impossível analisar com lógica mediana as posições e as decisões dos partidos políticos! É tecida uma colcha de retalhos que cobre e encobre os diretórios nacionais, estaduais e municipais, escondendo do público em geral e dos que pretendem ser analistas e observadores dos movimentos partidários o que na verdade acontece lá dentro, ou lá embaixo.

NO quadro atual, acredito que ninguém sabe ainda o que se passa na cabeça dos comandantes do PSDB, o principal partido de oposição ao governo federal. Tudo faz acreditar que o candidato dos tucanos será mesmo José Serra, governador de São Paulo e líder, pelo menos até a última pesquisa, das preferências dos eleitores supostamente pesquisados - digo supostamente porque eu nunca fui procurado por um pesquisador, nem niguém de minha família, nem nenhum de meus amigos.

SERRA deve anunciar sua candidatura até o dia 30 deste mês. Mas o seu partido, ou uma parte dele, parece que não acredita nisso. Pelo menos, age e fala como se nada estivesse resolvido em definitivo. Lançam hipóteses, anunciam renúncias, prometem mudanças. Afinal, o que há de verdade em tudo isso? O eleitor que não deseja votar em Dilma/Lula, fica confuso. O resultado, para os que querem derrotar os petistas, poderá ser catastrófico.

MAIS fácil é entender o PT. Porque a sigla é apenas simbólica. Em lugar de PT, leia-se Luiz Inácio Lula da Silva. E pronto. Lula escolheu, solitária e ditatorialmenmte, a candidata do seu partido, a ministra Dilma Rousseff. Não reuniu ninguém no ato da escolha, não fez prévias, simplesmente apontou o dedo e disse aos seus comandados: "É ela". Acabou. Ninguém ousou divergir, ninguém pensou em contestar, apesar de muitos terem ficado contrariados em suas pretensões. Lula saiu do armário ideológico ao fazer, ontem, a defesa do regime castrista, igualando os dissidentes cubanos em greve de fome a criminosos comuns… No estilo de seus gurus Fidel e Raúl Castro, manda e é obedecido sem contestação no seu partido. A escolha de Dilma é apenas um exemplo.

É A LIDERANÇA autoritária que o PSDB não tem, felizmente para os idealistas, infelizmente para os pragmáticos. Como bom partido democrata, seus dirigentes discutem, debatem, divergem, formam cisões, aceitam dissidências. Ótimo que seja assim, mas em termos. Na prática, não funciona como fórmula de vencer eleições e conquistar o poder, motivo e razão da existência dos partidos políticos. O PTB de Getúlio Vargas adotava o comando único. O PSD mineiro, nos tempos de Benedicto Valladares, fazia o que o mestre maior mandava. O PSP de Adhemar de Barros, a mesma coisa. Já a UDN, essencialmente adepta do regime democrático, inclusive na decisões internas do seu grupo, não conseguia, ou muito raramente, unir-se em torno de uma candidatura de consenso, tanto no país como nos estados. O que lhe impôs diversas derrotas.

SE os tucanos quiserem mesmo vencer o tsunami eleitoral que está sendo preparado por Lula, para eleger Dilma como sua sucessora, devem unir-se imediatamente. Escolhido o candidato, que dizem será mesmo José Serra, o PSDB deve marchar para a guerra sem nenhum foco de rebelião interna, sem nenhuma dissidência, sem nenhuma possibilidade de cristianização - os mais velhos sabem o que isso significa - do candidato que for escolhido.. Mesmo porque, será uma guerra de sobrevivência. Caso não seja assim, o PSDB dará mais uma prova de burrice, digo mais ma pois é reincidente. E cometerá suicídio político, deixando seus eleitores perplexos e desamparados em face da insensatez eleitoral. Se o seu candidato for derrotado, se Dilma conquistar o Planalto, o PSDB poderá fechar para balanço por quatro, ou oito anos.

E MAIS: os tucanos não podem dar guarida a falsos amigos que têm como missão evidente, óbvia, incompatibilizar mineiros com paulistas, os estados de maior densidade eleitoral. Sem os votos dos oposicionistas dos dois estados no candidato tucano que encabeçar a chapa, estará assegurada a vitória da ministra de Lula, que tem o Nordeste quase inteiro ao seu lado. Cuidado, portanto, com os amigos de fachada. Se é que estou sendo bem entendido.

REPITO o que disse no começo: como é complicada a política brasileira, como é difícil decifrar os desígnios dos partidos que não são comandados solitária e ditatorialmente por um lider único. E como a burrice chapada, a incompetência de alguns aloprados, podem afetar uma disputa eleitoral e o futuro do país.Uma pena que seja assim.

* Fábio P. Doyle é jornalista e membro da Academia Mineira de Letras



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