A busca da felicidade
A busca da felicidade
Em maior ou menor medida todos buscam satisfação, bem-estar e contentamento, ou seja, felicidade.
Alguns autores diferenciam momentos de felicidade de um estado pleno de felicidade, no entanto estar sempre feliz é algo difícil de imaginar, não é? Vale a pena diferenciar felicidade de prazer. O prazer é uma sensação momentânea, que passa rápido, conquistado quando comemos uma boa comida, vemos um bom filme ou compramos um objeto de desejo.
A sensação de satisfação com a vida vai além disso, e envolve sentimentos de auto-estima, autoconfiança e responsabilidade que são construídos no dia-a-dia. A felicidade encontra-se nas pequenas realizações, assim o sujeito deve buscar comporta-se de maneira a produzir consequências reforçadoras. Ou seja, a pessoa deve procurar atividades e relações que a fazem sentir bem, por exemplo, sair com os amigos, fazer uma caminhada, estudar, ler um livro, planejar uma festa, entre outros.
Para tal, o primeiro passo é ter auto-conhecimento para saber o que realmente te faz feliz. Além disso, o sujeito deve identificar as contingências aversivas, ou seja, situações em que não se sente bem, e buscar formas de modificá-las. Isso é possível quando a pessoa sabe descrever bem o seu próprio comportamento e está disposto a mudar para conquistar consequências agradáveis para si mesmo. As consequências de um comportamento que para uma pessoa são agradáveis para outra podem não ser.
Pensando dessa forma, o conceito de felicidade pode variar de uma pessoa para outra. Estar com os familiares, por exemplo, pode ser muito agradável para uma pessoa, assim reunir a família pode fazer parte de uma vida feliz, mas isso não é uma regra. Algumas pessoas não tem boa relação com seus familiares e não buscam esse contato e isso não significa que ela não seja feliz.
Da mesma forma, contingências que podem ser consideradas aversivas para alguém, podem ser reforçadoras para outros, por exemplo, a ação de estudar. Nesse sentido, para “alcançar” a felicidade, precisamos identificar aquilo que nos sentimos bem fazendo, precisamos dar valor a nossas pequenas conquistas e às nossas atividades cotidianas. Não parece tão difícil, não é mesmo?
* Daniela Gonçalves e Natália Araújo, psicólogas da Link Psicologia.