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A história se repete

A história se repete

06/11/2015 Luiz Carlos Borges da Silveira

A política uma vez mais povoa o cenário com acontecimentos que não são inéditos e como sempre negativos e desmoralizantes.

A presidente Dilma Rousseff negocia Ministérios como se tão alto cargo seja simples moeda de troca em momento de crise administrativa e fraqueza de comando; barganha também com o Congresso para saciar a volúpia fisiológica de partidos, bancadas, grupos e até parlamentares individualmente, negociando no varejo com integrantes da base aliada como se a coalizão governamental não seja um compromisso com a boa governabilidade.

E mais, a presidente usa a liberação de emendas orçamentárias a parlamentares aliados em troca de apoio a projetos do governo. Enquanto isso, corre na Justiça um dos grandes processos de corrupção que transferiu dinheiro público e de empresas estatais para partidos, candidatos e campanhas eleitorais de governistas.

No governo Lula da Silva foi arquitetado e executado formidável esquema de corrupção para compra de congressistas corruptos e chantagistas que ameaçavam o governo visando benesses escusas à custa do erário. Lula loteou Ministérios, e quando faltaram pastas aos fisiológicos criou tantas mais até chegar a trinta e nove - alguns Ministérios totalmente desnecessários e perfeitamente inúteis.

E tantas outras coisas erradas foram feitas, a maioria ainda bem nítida na memória do povo. Para evidenciar que os males são endêmicos e inerentes à classe política, recentemente foram divulgados tópicos do diário do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em que faz não apenas um desabafo, mas alerta contra os maus políticos e maus brasileiros.

Lembra que também teve de negociar Ministérios, sofreu fogo amigo (“Estou cansado de ser atacado por forças dos meus amigos do círculo íntimo”, escreveu), enfrentou crise financeira que ameaçou o Plano Real e teve ameaça de CPI.

Sabe-se que FHC foi compelido a distribuir benesses a parlamentares aliados e por fim ouviu a maldita palavra “impeachment”. Em seu diário o ex-presidente desabafa: “Este é o Brasil de hoje, onde a modernização se faz com a podridão, a velharia.”

Assim era o Brasil no tempo de FHC e, lamentavelmente, é o Brasil destes dias. Isto exige reflexão e, quanto possível, protestos veementes por mudanças de atitude. Sim! Por que seguidas gerações de políticos e governantes agem contrariamente aos princípios éticos de honestidade, moralidade e decência, embora preguem o contrário?

Por que a podridão permanece na política? É preciso acabar com a nefasta prática do toma lá dá cá e cooptação imoral exercida pelos governantes.

Se manifestações pacíficas e protestos nas ruas não surtem efeitos e não sensibilizam, se indignação não remove a podridão enraizada, terá o povo de valer-se de argumentos mais incisivos? É bom pensar nisto. Está na hora de evitar que essa história continue a se repetir.

* Luiz Carlos Borges da Silveira é empresário, médico e professor. Foi Ministro da Saúde e Deputado Federal.



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