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A Justiça, a corrupção e o corte histórico

A Justiça, a corrupção e o corte histórico

12/11/2017 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

Quando o TFR-4 reduziu a pena do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o partido festejou.

Agora, ao aumentar de 10 para 24 anos uma das condenações do juiz Sérgio Moro, a decisão é vista como política. Ambas as reações estão erradas.

A Justiça tem o dever de fazer o seu trabalho conforme as provas dos autos, não deve agir politicamente e nem ser alvo de acusações de assim ter se comportado. Os descontentes, em qualquer das hipóteses, têm o caminho do recurso às instâncias superiores e nada mais.

O ocorrido ao tesoureiro também não deve servir de parâmetro a favor ou contra o ex-presidente Lula, o condenado mais famoso que hoje se encontra na dependência do veredicto do TFR-4. Erram os que tentam pressionar para agravar o castigo ao ex-governante, os que procuram minimizar sua culpa e ele próprio que, no repetitivo discurso, se diz inocente.

Para atender aos interesses do Brasil e dos brasileiros, a sentença terá de ser o espelho interpretativo de tudo aquilo que está dentro do processo, tanto a favor quanto contra o réu. Cabe aos julgadores fazer o cotejo entre agravantes e atenuantes e, com base nas técnicas de dosimetria, aplicar a pena condizente. Só dessa forma é que se faz a verdadeira justiça.

Vivemos numa época em que a sociedade evoluiu e colocou às claras os esquemas de corrupção que sustentam os diferentes grupos de poder. É de fundamental importância que a Justiça se mantenha isenta e atenta às folhas dos processos, nunca ao clamor das ruas ou dos grupos de pressão. Quem, com seu comportamento, comete crimes, tem de receber a mais justa punição para que a sociedade seja redimida e, se possível, até ressarcida dos prejuízos sofridos.

Pode-se dizer que marchamos para um corte na história. Muitos poderão não sobreviver política ou empresarialmente, mas o país precisa retomar o seu rumo. As apurações já conhecidas, realizadas pelo Ministério Público e polícias – federal e estaduais – apontam a existência de muitos vícios que criminalizam a vida político-administrativa.

Além da área federal, temos problemas nos estados e municípios, que precisam ser solucionados, doa quem doer, custe o que custar. No lugar das pressões, simulações, versões tendenciosas e outras ações que se tornaram comuns ao dia-a-dia da pátria esbulhada, precisamos de processos responsáveis e sustentáveis, onde os crimes sejam devidamente apurados e os autores justamente punidos. Se não acabarmos com a mentira e a impunidade, elas continuarão acabando com o Brasil e fazendo todo o povo sofrer...

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).



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