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A participação política dos profissionais da educação

A participação política dos profissionais da educação

26/10/2020 Cícero Manoel Bezerra e Adriano Sousa Lima

Precisamos ser voz daqueles que não tem voz, usar nossa influência para que os parlamentares saibam que sem o voto, eles não podem continuar na vida pública.

Uma constatação a se fazer: a pandemia gerou um profissional da educação mais tecnológico e mais participativo, os aplicativos para as aulas foram aperfeiçoados, os professores estão buscando capacitação para poder transmitir suas aulas com objetividade e eficácia.

Podemos fazer um cronograma do giz, para o mimeografo, depois para o retroprojetor, Power point e agora os aplicativos educacionais que também podem ser usados para várias reuniões de trabalho.

Nesse contexto, o profissional da educação se atualiza ou ficará para trás, nada será como antes na terra de Abrantes.

Nesse contexto, surge a participação política efetiva dos docentes, fato ocorrido durante a votação do Fundeb.

Foi noticiado o impacto ocorrido no YouTube, para se ter ideia, muitas de suas transmissões de temas relacionados, mal chegam a mil visualizações, e em ocasiões importantes esse número gira em torno de 30 mil.

Na terça-feira, 20 de julho de 2020, porém, bateu recorde de espectadores: a transmissão da votação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) teve 523 mil acessos.

Esse é apenas um dos vários indicadores da gigantesca mobilização que os professores de todo país fizeram para pressionar deputados federais a aprovar o relatório do Fundeb sem alterações.

O resultado foi acachapante, 499 votos a favor do relatório e somente sete, contra. O volume de recursos para o ensino foi ainda maior que o previsto inicialmente. Agora, a PEC será avaliada pelo Senado.

Espera-se que essa postura se consolide, que a classe docente seja mais participativa nas decisões tanto do executivo, legislativo como do judiciário.

No final das contas, quem decide é o voto, cabe ao professor marcar presença, usar sua influência para apontar os caminhos, devemos pensar num país melhor, não podemos apenas discutir ou partir dos lados polarizados de uma agenda que aponta para um lado ou para outro, somos conscientes de que os dois lados da polarização têm aspectos positivos, cabe aos profissionais da educação trabalharem por um país com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Estamos muito atrás, 73º lugar perante outros países do mundo. Precisamos mudar esses índices, carecemos de politicas públicas que façam valer as leis que às vezes não são consideradas, que os professores virtuais estejam atentos às estatísticas de desigualdades, quantos não tem acesso ao saneamento básico, quantos não tem acesso a educação de nível superior, quantos não terminam as categorias básicas da educação, quantas famílias não têm recursos para colocar seus filhos na escola.

A rede social, que muitas vezes é utilizada para fins alheios e incompatíveis com o avanço da civilização e da democracia, tornou-se uma ferramenta de conscientização cidadã.

Consolidou-se como relevante caminho para que as pessoas possam acompanhar mais de perto as atitudes e votos dos políticos que escolhemos em cada eleição.

E ainda: a rede social é uma aliada importante na hora de decidir em quem votar. Em novembro, teremos eleições nos municípios brasileiros.

Que essa mobilização em defesa da educação seja cada vez mais, uma realidade concreta no nosso país.

Enfim, sejamos atuantes, precisamos ser voz daqueles que não tem voz, devemos usar nossa influência para que os parlamentares saibam que sem o voto, eles não podem continuar na vida pública.

* Cícero Manoel Bezerra é coordenador da área de Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.

* Adriano Sousa Lima é docente na área de Humanidades na Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.

Fonte: Página 1 Comunicação



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