É preciso partir para a ação e pensar sustentável. O desafio para as empresas do mundo é se preparar para atender a um mercado global, que chegara - em 2050 - a mais de 9 bilhões de pessoas.

Tratando-se exclusivamente do tema na cadeia de alimentos, os principais pontos que foram citados acabaram centralizando nas políticas e ações que temos trabalhado de forma estratégica, como: a economia verde baseada na: agricultura de pequeno porte, agricultura familiar, produtos orgânicos, certificações dos produtos com atributos socioambientais e de mercado justo, uso sustentável dos recursos naturais e educação dos consumidores.

Temos lições a serem tiradas e deveres a serem feitos na questão de estruturação da cadeia produtiva primária, a partir da agricultura de pequeno porte e familiar, que continua não estruturada e precária nos aspectos logísticos; para reverter a baixa produtividade, falta de capacitação e produtos com pouco valor agregado.

Para o atendimento no mercado externo e a colocação de produtos sustentáveis da agricultura familiar no mercado global, deve-se implantar políticas públicas e/ou incentivos ao empreendedor para atingir objetivos quantitativos, sejam: sociais, ambientais e de desenvolvimento econômico de produtores, processadores e beneficiadores para o crescimento da cadeia interna.

Por fim, e o principal, foi iniciamos um processo sem volta de sensibilizar e educar o consumidor final sobre seu papel como agente do consumo consciente e as consequências socioambientais. Comprar produtos do Brasil é, em sua essência, colocar em prática um ciclo sustentável que começa pelo produtor, passa pelo fornecedor e termina no dia a dia das pessoas de seu circulo de convivência, amigos e sua família.

Ming Liu é coordenador executivo do Projeto Organics Brasil.