Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Como garantir a continuidade da empresa entre parentes

Como garantir a continuidade da empresa entre parentes

23/04/2012 Glauco Pinheiro da Cruz

É esperado que a maioria das empresas consolidadas no mercado passe por processos de sucessão.

Mas o que está em jogo nas companhias familiares é muito mais do que escolher uma nova figura de liderança. É a manutenção da fonte de renda para sustentar a família, é a continuidade do sonho do empreendedor que a fundou. Ao chegar o momento de transferir a empresa para os filhos, independentemente dos motivos que causaram essa decisão, duas situações são fundamentais.

Primeiro, no caso de os filhos quererem dar continuidade ao negócio e gostarem do que o pai e/ou a mãe fizeram durante tantos anos, basta planejar a transferência e deixar bem definido quem fará o que, com os devidos percentuais de participação. Segundo, no caso de não haver quem toque o empreendimento – apenas herdeiros não interessados na administração – o ideal é profissionalizar a gestão e deixar para os herdeiros apenas a tarefa de fiscalizar. Sem a ocorrência de uma dessas duas situações, o melhor será vender a empresa.

Em geral, o fundador da empresa é um homem centralizador, que gosta de estar presente em todas as decisões. O que é natural, já que ele começou tudo do zero. A sucessão, no entanto, não é algo empírico, mas essencialmente técnico. E a preparação do sucessor que irá concorrer ao cargo de principal executivo não é um processo rápido, muito pelo contrário, pode exigir um determinado tipo de educação formal. A presença do fundador durante o processo de passagem do bastão é muito importante, porque ele conhece todos os bastidores da companhia, já que foi o responsável por definir seus valores e políticas de gestão.

Logo, sua avaliação é fundamental para ajudar a identificar o herdeiro mais bem preparado para assumir o comando. Para isso, é preciso levar em conta não só suas habilidades e os bons laços familiares, mas principalmente sua capacidade de dar continuidade ao modelo cultural já estabelecido. Nessas situações não é raro o acirramento das relações que aparentavam ser estáveis, já que o escolhido para estar à frente do negócio pode não ser unanimidade entre os sócios.

São casos de protecionismo e paternalismo, às vezes existentes nessas organizações, que debilitam seu crescimento, visto que muitas vezes o pretenso sucessor não tem a mesma capacidade técnica para gerir do que os executivos ou funcionários da casa. É muito arriscado apostar que a sucessão possa acontecer naturalmente e sem erros, então o primeiro passo para essa mudança é designar um profissional ou escritório especializado para facilitar o diálogo sobre a sucessão da empresa familiar.

É ele quem irá identificar quais são os pontos fortes e fracos dos possíveis sucessores e também da própria sociedade. A profissionalização é um bom instrumento para diferenciar os interesses da família e os da empresa, diminuindo possíveis conflitos. Isso significa estabelecer critérios gerais para nortear as decisões dos diretores, além de criar regras para definir os papéis corporativos e dividir as tarefas dentro da companhia.

O profissional será o responsável por redigir os documentos que possibilitarão a sucessão e definirá regras claras entre os sucessores e seus pais - os antigos proprietários -, incluindo mudanças em contratos e estatutos sociais, código de conduta, regimentos internos e acordos societários, entre outros. Ele também irá apontar quais são os caminhos mais seguros e econômicos para a sucessão, se é a compra, cessão, doações de ações/cotas ou redução/aumento do capital, entre outros.

Para muitos, profissionalização é sinônimo de substituir todos os membros da família que trabalham na empresa por profissionais do mercado de trabalho, mas esse é um pensamento equivocado. Na realidade, profissionalizar a empresa significa adotar as melhores práticas de administração, sabendo que, apesar da proximidade e interdependência dos sistemas “família” e “empresa”, é fundamental estabelecer limites claros e bem definidos entre eles.

*Glauco Pinheiro da Cruz é consultor e diretor do Grupo Candinho Assessoria Contábil.



O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan