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Contra a legalização das drogas

Contra a legalização das drogas

10/10/2014 Roberto Lacerda Barricelli

Sou contra a legalização das drogas, onde quer que seja. As drogas devem ser liberadas, sem restrições, jamais legalizadas, pois a legalização retira as drogas do controle do crime organizado, representado por traficantes, e coloca sob a tutela da maior máfia existente, o estado.

Pior que isso, institui um monopólio no setor, deixando-o apenas nas mãos daqueles empresários amigos do Rei, ou seja, com ótimas conexões com o governo. O que temos é um setor protegido, altamente regulamentado, provavelmente com impostos pesados (igual o de cigarros) e que fomentará a existência do mercado negro.

Diferente do cigarro, ou do setor de bebidas alcoólicas, o mercado negro das drogas tende a ser muito pior. O mercado negro de cigarros se resume, basicamente, ao pessoal que compra aqueles cigarros paraguaios e vendem pelas ruas a R$2, ou R$3 no máximo. A possibilidade de que essas pessoas tenham um aparato bélico e altamente violento é mínima, já o mundo das drogas...

Em resumo, o estado coloca as drogas sob sua tutela, entrega um monopólio aos seus amigos e ainda mantém a existência de traficantes, pois um setor altamente regulamentado, sem livre concorrência e com impostos pesados (que provavelmente sejam "legitimados" com um discurso de direcionamento dos impostos para setores de saúde e educação) obviamente terá produtos com preços altos e qualidade duvidosa, o que permite ao mercado negro oferecer, no mínimo, o mesmo produto de qualidade duvidosa, mas bem mais barato.

Esses empresários não competirão com os traficantes, ao invés disso, a tendência é de que se agarrem ao estado, pedindo ao governo para que intervenha e elimine esses concorrentes. A Guerra as drogas não só será mantida, como tende a ser muito pior; e nós bancaremos isso, pois o dinheiro usado pelo governo não está em marte, sai dos nossos bolsos.

Alguém sempre terá que pagar a conta pelas aventuras estatais e sempre serão os pagadores de impostos, ou através de impostos direitos, ou de inflação (imposto inflacionário), com o governo imprimindo dinheiro sem lastro em poupança, ou reservas, acima da demanda existente, para bancar seus gastos, desvalorizando assim a unidade monetária (no nosso caso, o real) e gerando uma inflação de preços (que é causada pela necessidade do empresário e/ou empreendedor de repor a perda do valor da moeda, aumentando o preço de seu produto ou serviço, ou seja, fazendo com que seja necessário dispormos de mais unidades de tal moeda em proporção igual ou superior ao percentual de desvalorização da mesma).

É por isso que sou contra a legalização das drogas, pois ao invés de promover um livre mercado, no qual o traficante (em regra) não terá condições de competir com empresários e/ou empreendedores e falirá, há uma estatização da droga, instituição de monopólios de amigos do governo e fomento a um mercado negro ainda mais perigoso, que exigirá maiores gastos estatais, mais impostos, mais inflação e menor qualidade de vida e perspectiva de renda para os cidadãos. Não é preciso de uma bola de cristal para visualizar esse cenário, basta uma análise lógica honesta dessa situação e seus possíveis desdobramentos.

*Roberto Lacerda Barricelli é Jornalista, Assessor de Imprensa do Instituto Liberal.



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