Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Cultura organizacional como propulsora da diversidade

Cultura organizacional como propulsora da diversidade

30/03/2018 Daniela Mendonça

O que faz uma empresa conseguir mais igualdade entre os gêneros?

A posição das mulheres nas empresas, seja em cargos de liderança, seja de forma geral, foi um assunto que evitei comentar por muito tempo. Isso porque, para mim, não há diferença entre os sexos; julgo ambos com as mesmas capacidades para assumirem qualquer função dentro de uma companhia.

Além disso, na LG lugar de gente, onde entrei como estagiária e fui crescendo até chegar à presidência, em 2016, sempre fui reconhecida por minhas competências técnicas, comportamentais e por minhas atitudes, assim como as demais colaboradoras e colaboradores que trabalham conosco.

Apesar disso, notei a importância de abordar o tema quando me tornei presidente. Na ocasião, recebi diversas mensagens de mulheres também profissionais de importantes empresas do país me parabenizando pela conquista e reforçando o quanto é difícil e raro ver o sexo feminino conquistando seu espaço em cargos de alta direção.

Percebi que algo que sempre foi muito natural para mim não era uma realidade para muitas mulheres. Desde então, venho refletindo sobre o tema e fui atrás dos números. Hoje, as mulheres representam 43% da alta direção da LG, 46% da liderança da companhia e 39% do total de colaboradores, lembrando que a LG é uma empresa de tecnologia, onde a presença masculina geralmente predomina.

No entanto, não há, nem nunca houve, nenhum tipo de investimento em programas específicos para ter esse quadro (que, no geral, muda pouco ao longo dos anos). Bom, mas então, se não há cotas ou programas de diversidade, o que faz uma empresa conseguir mais igualdade entre os gêneros? Minha conclusão principal, baseada na experiência que tenho na LG lugar de gente, é que isso acontece devido à nossa cultura, aos valores da empresa.

Explico: aqui, sempre buscamos por pessoas que fossem aderentes à cultura da organização, ou seja, profissionais que tivessem as competências técnicas exigidas para a vaga, mas, sobretudo, buscassem se autodesenvolver e crescer. Para esse perfil, sempre houve e sempre haverá espaço na LG lugar de gente, independentemente de gênero. Da mesma forma, nossas promoções e reconhecimentos são baseados nas entregas e resultados de cada colaborador.

Como ter certeza de que a opinião do gestor não está sendo imparcial? Aplicamos avaliações de desempenho com metodologias rígidas que consideram como critério de reconhecimento não apenas a validação do chefe direto, mas dos colegas e pares, bem como do próprio avaliado. Aqui na LG, em casa de ferreiro, espeto é de ferro mesmo, pois colocamos em prática as soluções que oferecemos ao mercado.

Eu não desmereço ou desacredito em programas específicos para diversidade; acredito que sim, eles são de suma importância, principalmente, se a empresa tem um histórico de predominância do sexo masculino na empresa e nos cargos de liderança. Mas acho que essa transformação só se perpetua a partir do momento em que investimos na cultura da empresa e mudamos o mindset dos que trabalham nela. A começar pelo recrutamento.

Será que sua empresa seleciona os talentos por suas habilidades, potencial de crescimento e aderência aos valores da companhia? Ou de forma inconsciente contrata pessoas que são parecidas com as que já existem na organização, reforçando ainda mais a não diversidade? É uma reflexão que eu sugiro a você.

Afinal de contas, assim como tantos outros líderes ou presidentes de uma companhia, comprometidos com o resultado, eu preciso focar em aumentar o desempenho das minhas equipes e em melhorar suas entregas.

Pensando dessa forma, sempre vamos valorizar aquilo que as pessoas têm de melhor e garantir que a diversidade se torne uma realidade, como aconteceu naturalmente na LG lugar de gente.

* Daniela Mendonça é Presidente da LG lugar de gente.

Fonte: Textual Comunicação



A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado