Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Extremismo psicótico

Extremismo psicótico

13/09/2014 Leonardo Corrêa

Há um extremismo psicótico reinando absoluto no mundo. Você é contra ou a favor de Israel? Você é fumante – que horror (!) – ou não? Você é de direta ou de esquerda? Enfim, trata-se de um fulgurante “preto ou branco” sem qualquer consideração sobre as diversas faixas de cinza.

Estamos rumando para uma guerra de pequenos polos opostos. Todos os demais ficam no meio do caminho sendo usados pelos radicais de todos os gêneros, ou, ainda, desestimulados e alienados pelo viés bipolar do debate. O caso específico de Israel e da Palestina é um exemplo magnífico dos problemas decorrentes do extremismo.

Enquanto a guerra se desenrola, Israelenses e Palestinos sofrem. Mas, ao examinar a questão por meio do número de mortos – lado a lado – e/ou das diferenças tecnológicas, os analistas demonstram miopia gravíssima. A primeira reação é usar as palavras “desproporção” e “desigualdade”. Vide o que fez o Itamaraty, que chamou o embaixador brasileiro de volta para “prestar esclarecimentos” – ato considerado agressivo na prática da diplomacia.

Usou-se um “racional” imediatista e maniqueísta: Israel é forte, tem uma excelente tecnologia de defesa contra misseis, e, portanto, não pode fazer praticamente mais nada. Isso faz algum sentido? Uma questão com esse grau de complexidade deve ser avaliada na base do “fraquinho contra o fortinho”? Vamos lá, para início de conversa a guerra não é entre Israel e Palestina, mas entre o Hamas e Israel. O que é o Hamas? Ora bolas, todos sabem que é um grupo terrorista.

Como se vê das mais diversas matérias publicadas na mídia, o Hamas: (I) usa a população como escudo humano; (II) instala sua artilharia pesada perto de prédios populares; (III) cava túneis para invadir Israel; (IV) lança vários mísseis diariamente; e (V) não representa – ao menos do ponto de vista democrático (e soberano) – o povo da Palestina. Todavia, a despeito disso tudo, o grupo terrorista viola qualquer cessar fogo tentado. Não podemos nos esquecer que em 11 de setembro de 2001 o mundo mudou.

Grupos terroristas tomaram o lugar dos Estados como os principais protagonistas dos conflitos internacionais. Mas, diferente dos Estados – que podem sofrer sanções –, grupos terroristas não correm riscos. Para eles não há consequências. Então, o que Israel deve fazer? Lutar contra os terroristas ou ficar quieto, deixando seu povo – e os próprios Palestinos – a mercê de terroristas? Extremismos e pré-conceitos não resolvem essas indagações. Eles são um desastre se utilizados como forma de entender qualquer coisa.

Não tenho respostas para o conflito entre o Hamas e Israel. Mas, o exemplo demonstra que avaliações superficiais, calcadas em sentimentos, palavras de ordem e posições bipolares são inúteis. Se pretendermos entender algo complexo, é fundamental mergulhar fundo nos fatos. Sem atalhos! Quer compreender algo, estude muito e avalie todos os detalhes. Construções automáticas e extremistas só o afastarão do conhecimento.

Afaste-se, também, da carga de certas palavras e preste mais atenção ao argumento. É preciso olhar as zonas cinzentas e avaliar todas as circunstâncias envolvidas. De outra forma, não passaremos de repetidores de ideias alheias.

* Leonardo Corrêa é Advogado e Especialista do Instituto Liberal.



Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre


Argentina e Venezuela são alertas para países que ainda são ricos hoje

No meu novo livro How Nations Escape Poverty, mostro como as nações escapam da pobreza, mas também tenho alguns comentários sobre como países que antes eram muito ricos se tornaram pobres.

Autor: Rainer Zitelmann


Marcas de um passado ainda presente

Há quem diga que a infância é esquecida, que nada daquele nosso passado importa. Será mesmo?

Autor: Paula Toyneti Benalia


Quais são os problemas que o perfeccionismo causa?

No mundo complexo e exigente em que vivemos, é fácil se deparar com um padrão implacável de perfeição.

Autor: Thereza Cristina Moraes


De quem é a América?

Meu filho tinha oito anos de idade quando veio me perguntar: “papai, por que os americanos dizem que só eles vivem na América?”.

Autor: Leonardo de Moraes


Como lidar com a dura realidade

Se olharmos para os acontecimentos apresentados nos telejornais veremos imagens de ações terríveis praticadas por pessoas que jamais se poderia imaginar que fossem capazes de decair tanto.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra