Agora imagine que a média de mensalidade de uma boa instituição é de R$ 1.200 - lógico que todos querem fazer uma boa universidade, por isso estou utilizando um valor razoável. Mas não para por aí. Vamos acrescentar mais 50% nesse valor como despesas com livros, xerox, alimentação e transporte.

No total, teríamos um gasto de aproximadamente R$ 1.800 mensais. Se as estatísticas se confirmarem, e no oitavo mês houver uma desistência, o investimento total de R$ 14.400 será jogado fora. Alguns estudantes se justificam de diferentes maneiras. Uns colocam a culpa em seus professores e a distância também é outro fator recorrente de desculpa, mas a campeã é a falta de tempo para fazer trabalhos e estudar para provas.

Esse desafio de pais e filhos pode facilmente ser evitado com atenção em alguns aspectos:

- Todo trabalho de orientação vocacional e profissional deve começar mais cedo, logo nos primeiros anos de Ensino Médio. Os pais devem exigir isso das escolas.

- As escolas devem ser parceiras nesse sentido, provendo meios e estratégias que contribuam e facilitem a decisão dos futuros profissionais.

- Os pais devem ser fortes parceiros, conversar mais com os filhos sobre esse assunto, levá-los para conhecer a realidade de suas escolhas e apoiar no que for necessário.

- Os estudantes devem buscar mais conhecimento sobre o que desejam, com apoio de faculdades e universidades que hoje possuem atendimento a quem está chegando.

- Procure uma ajuda na escola. Se ela não tiver, acione entidades ou profissionais especializados no assunto.

O que não é possível é ficar esperando e adiando uma decisão tão importante que, além de promover prejuízo financeiro, gera também um grande desgaste emocional. Transforme seus gastos em verdadeiros investimentos, faça boas escolhas, invista o tempo que for necessário e colha a alegria de seus resultados!

Maurício Sampaio é especialista em orientação educacional e vocacional.