Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Família e escola: mãos dadas pela educação

Família e escola: mãos dadas pela educação

20/09/2018 Fabio Carneiro

A grande verdade é que a educação das crianças é compartilhada entre pais e escola.

Visualizemos o seguinte cenário: pais entram no processo inevitável de escolha da melhor escola para o seu filho. Iniciam-se os processos de visitas.

Consequentemente, a fatídica discussão que certamente já ocorreu em todas as famílias e faz dela um processo cansativo, pois analisam-se fatores como: local, preço, instalações, sala de aula, metodologia, além da opinião de amigos... o resultado dessa decisão dificilmente nos deixa totalmente seguros, o que faz com que fiquemos atentos a cada passo dos filhos dentro da escola.

A grande verdade é que a educação das crianças é compartilhada entre pais e escola. Talvez os pais não tenham percebido esse fato, pois grande parte deles não hesita quando percebem o menor desconforto ou insatisfação do filho nesse ambiente e, assim, comparecem à escola para uma reunião.

Acredite: isso retira uma quantidade enorme de energia da instituição. Mesmo que algumas vezes seja necessário, saber dosar é uma equação complicada, pois quando se trata de filhos, a emoção envolvida distorce o sentido da necessidade. Um dos fatores que gera esse exagero é a falta de confiança dos pais na instituição.

É nesse ponto que reside a grande questão: pais querem transferir obrigações relacionados à educação dos seus filhos à escola, porém não lhe dão autonomia para fazer. O que deve importar, nesse ponto, é a diferença entre filho e aluno: a escola é um ambiente com regras para que o bem comum e a harmonia entre as pessoas sejam estabelecidos.

Por outro lado, dentro de casa ocorrem “concessões” diferenciadas para os filhos. Por exemplo, no ambiente domiciliar, a criança fala com os pais de “qualquer maneira”, pode brincar sempre que desejar - e até deixar os brinquedos espalhados; mas na escola, essa ordem se inverte de maneira regrada, o que gera uma confusão na cabeça de uma criança que, muitas vezes, não entende dois comandos diferentes para a mesma atitude.

Optar pelo tipo de educação que seu filho recebe é o maior ponto nesse questionamento: é necessário confiar na instituição, mas e agora? Muitas vezes, o valor da mensalidade é o fator determinante, mas não se analisa tudo que está em jogo nessa tomada de decisão.

Por exemplo, uma mãe, que também era professora, decidiu matricular seu filho em uma escola. Junto à diretora do local, viu as condições que a escola oferecia para melhor ajudar no processo escolar da criança. Ao fim da visita, ela perguntou para a gestora: “qual o salário da professora que vai ensinar/cuidar do meu filho?” A diretora, surpresa, retrucou: “você quer matricular o seu filho ou pedir uma vaga de emprego?” A mãe, que viu que a pergunta escandalizou a diretora, respondeu: “eu só quero saber quanto vale o trabalho daquela que vai educar o meu filho”.

Um relato que nos faz lembrar de como um professor ou educador é importante para a formação da criança e como o seu trabalho influenciará na vida inteira deles. Desde o modo com que falarão, até as lembranças que rechearão o seu futuro.

Por isso, fica a reflexão: vale pedir aquele “descontinho”? Qual é a verdadeira importância que os pais depositam nesse processo? Essas questões ficam sem respostas enquanto refletimos sobre nossas escolhas.

Acertar sempre na educação dos nossos filhos pode até ser uma mentira, mas temos que ter a consciência de estar no caminho correto. O acerto se revela quando damos voz ao bom senso e dispensamos os excessos. Caminhar lado a lado, instituição e pais, ainda é a equação mais correta para garantir um futuro promissor. Em todas as suas esferas.

* Fabio Carneiro é professor de Física no Curso Positivo, em Curitiba (PR).

Fonte: Central Press



Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre


Argentina e Venezuela são alertas para países que ainda são ricos hoje

No meu novo livro How Nations Escape Poverty, mostro como as nações escapam da pobreza, mas também tenho alguns comentários sobre como países que antes eram muito ricos se tornaram pobres.

Autor: Rainer Zitelmann


Marcas de um passado ainda presente

Há quem diga que a infância é esquecida, que nada daquele nosso passado importa. Será mesmo?

Autor: Paula Toyneti Benalia


Quais são os problemas que o perfeccionismo causa?

No mundo complexo e exigente em que vivemos, é fácil se deparar com um padrão implacável de perfeição.

Autor: Thereza Cristina Moraes


De quem é a América?

Meu filho tinha oito anos de idade quando veio me perguntar: “papai, por que os americanos dizem que só eles vivem na América?”.

Autor: Leonardo de Moraes


Como lidar com a dura realidade

Se olharmos para os acontecimentos apresentados nos telejornais veremos imagens de ações terríveis praticadas por pessoas que jamais se poderia imaginar que fossem capazes de decair tanto.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra