Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Gestão pública é o caminho contra a corrupção

Gestão pública é o caminho contra a corrupção

17/10/2019 Wagner Siqueira

A corrupção é pré-requisito do desenvolvimento, já dizia Gunnar Myrdall, Prêmio Nobel de Economia, em 1974.

Ou seja, esse mal é algo comum e enraizado na sociedade de modo geral. No entanto, o grande problema está na impunidade. A complacência com a corrupção tem sido o grande veneno dos governos.

Os efeitos colaterais são diversos. Eles geram as crises do nosso tempo, como a corrupção generalizada (tanto a governamental quanto a empresarial) e a escassez de líderes.

Por exemplo, no lado social, observa-se as massas abandonadas sofrendo com a desigualdade. Na questão moral, provoca o aumento da hipocrisia e o cinismo diante dos fatos do cotidiano.

Da crise econômica, emerge o descontrole das variáveis financeiras. Essas questões muitas vezes são provocadas por conta do alto custo do desperdício e da irracionalidade de gestão, que acabam sendo mais danosos do que a corrupção. Tais fatores criam uma verdadeira montanha russa na vida de milhares de pessoas.

Outro dilema encontra-se entre a formação de gerentes e líderes. A sociedade tem capacitado gerentes eficazes, mas tem negligenciado a formação de lideranças.

É só notar como tem se falado tanto em líderes e liderança. Porém, nunca se formou tantos gerentes para a conformação e a rotina.

Isso provoca ainda mais lacunas. Por exemplo, fala-se tanto em empreendedorismo e atitude empreendedora. Mas ainda se insiste em manter ambientes organizacionais que não dão espaço para voz e para participação de outros.

Além disso, esquece-se de valorizar a contribuição e a liberdade de inovar e de ousar.

Esses problemas são fruto da erosão da autonomia institucional, a qual é tolhida de inúmeras formas. São as exigências governamentais e legais, os excessos de repartições burocráticas, as normas sindicais, as relações de trabalho conflitantes, as pressões de grupos de interesse contraditórios entre outros.

A reforma do governo é, de fato, bem mais difícil do que no setor privado. Os burocratas padecem de apego profissional pela homogeneidade.

Há uma regra de ouro na gestão pública que precisa ser quebrada: nunca faça nada pela primeira vez.

Para se exercer a verdadeira gestão pública nos tempos que vivemos, é essencial encarar a inteligência artificial como o grande agente de mudança para acabar de vez com a burocracia. Infelizmente, o setor público não se mexe na era do Google.

É fundamental ressaltar ainda que somente a democracia tem o compromisso com a gestão pública, pois ela está sempre a serviço da cidadania, promovendo melhores condições para os cidadãos.

Ela busca a garantia dos direitos individuais, o bem comum e o interesse coletivo. O mais importante: a gestão ágil, correta e justa cria obstáculos à corrupção.

* Wagner Siqueira é conselheiro federal pelo Conselho Regional de Administração (CRA-RJ) e membro do conselho consultivo da região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Fonte: Agência Drumond



Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves