Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Identidade pessoal e identidade familiar

Identidade pessoal e identidade familiar

28/11/2019 Acedriana Vicente Vogel

Cada família gesta a sua identidade, ainda que algumas vezes, de forma inconsciente.

A identidade familiar se alimenta da vitalidade das diferentes identidades que a constitui, na medida em que inclui a todos e a cada um, em particular.

Por esse motivo, é, por excelência, orgânica, pois necessita do sentimento individual de pertencimento ao coletivo da instituição. 

Ousamos relacionar o valor da família à sua capacidade de estabelecer o lugar de valor de cada um. Trata-se de reconhecer e assegurar os espaços para as singularidades, energia vital à gênese de uma família.

Essa inserção depende, em grande medida, dos adultos referentes, aqueles que exercem o papel de autoridade de fato, o que nem sempre coincide com quem ocupa o papel de autoridade de direito, os ditos “responsáveis”.

Os adultos referentes têm a responsabilidade de observar o “conforto” de cada um dos seus membros na arquitetura dos relacionamentos geradores de identidades saudáveis (orgânicas), abertas aos movimentos de aprendizagem contínua.

Cabe a eles concentrar a sua atenção nos sentimentos que nutrem essas relações intrafamiliares, nem sempre traduzíveis por meio de palavras. Sendo assim, assumir-se como parte integrante de uma família pressupõe assumir a identidade que é gestada por ela.

Nesse momento, não há como fugir da pergunta: o que a nossa identidade familiar comunica? Ou melhor, a comunicação é um exercício da identidade?

Não é incomum a existência de uma distância entre o conceito que temos da nossa família e o conceito que as pessoas que habitam o nosso entorno expressam, sobretudo na nossa ausência, sobre ela.

Diálogos, monólogos, gestos, entonações, silêncios, contam muito de cada um de nós e, por conseguinte, muito sobre o núcleo familiar do qual fazemos parte. Basta um tempo de convivência e nos revelamos.

As nossas ações mostram ao mundo que nos rodeia quem somos e, muitas vezes, distorcem os nossos discursos. Portanto, não há como negar que a forma como somos reconhecidos revela a nossa identidade.

Ampliar a consciência sobre a importância da identidade familiar para a construção da identidade pessoal se faz fundamental diante da plasticidade na organização das famílias nos dias de hoje.

Por mais diferente que venha a ser cada constituição familiar, é preciso que ela se assuma em seu formato, a fim de amparar aos seus integrantes.

Há viço na família quando cada integrante, ao se perceber parte, consegue perceber o todo e, quando ao se reconhecer no outro, por meio das relações, entende-se oscilando entre protagonista e coadjuvante de algo maior, mais nobre.

Esse movimento confere sentido à interdependência, em torno da qual se concebe a essência sócio-cultural da natureza humana. É necessário pertencer para ser humano!

A família, em primeira instância, é responsável pelo desenvolvimento da resistência às frustrações, ‘anticorpos’ que integram a identidade e permitem viver a singularidade da vida.

* Acedriana Vicente Vogel é diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino. 

Fonte: Central Press



Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves