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Ideólogos radicais governam?

Ideólogos radicais governam?

09/10/2015 Amadeu Garrido de Paula

Não. Essa é a resposta dos que concebem governo enquanto coisa dissonante de motivos de partido político.

O radicalismo ideológico impede ora as transigências próprias dos acordos, ora as coalizões partidárias.

Partido é meio, metade, enquanto somente se governa por inteiro. Com vista à estrutura, não a pontos isolados de interesse, que detrimentam outros.

Geoffrey Kabaservice, do New York Times, abordou o tema com longeva maestria, em "Republicanos brincam com fogo", matéria transcrita pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A observância do tema reside na interioridade do Partido Republicano americano, mas sua lógica é universal.

O mundo assistiu ao "deblaque" dos grupos ideológicos, de esquerda ou direita, que travestiram de projetos de governo magnas pretensões de poder irreversível.

Bastam dois exemplos: o do socialismo real e o do nacional socialismo. A tornar claro o pensamento pela exposição de Geoffrey, na intimidade dos republicanos, note-se a observação de que eram moderados e conservadores.

Estes, porém, também eram realistas. Os interesses maiores do povo é que deveriam prevalecer, malgrado os axiomas ortodoxos: formulação de alternativas às propostas dos Democratas, limar a compreensão das lideranças partidárias e montar coligações inter e extrapartidárias.

O líder dessa corrente construtiva foi Robert Taft, de Ohio, cujo realismo, entretanto, foi soterrado no início dos anos 60, pelos radicais e fanáticos prosélitos de Barry Goldwater, interessados em tudo menos numa agenda de governo.

Acabar com o New Deal de Roosevelt e todas as iniciativas favoráveis à população. Dizia o guru da direita: "meu objetivo não é aprovar leis, mas revogá-las. Não é inaugurar novos programas, mas cancelá-los."

Os transigentes eram traidores. Joseph McCarthy encarnou o populismo da interativa ameaça de traição da pátria.

Tinham certeza de que fariam de Goldwater presidente, pela maioria silenciosa que acorreria às urnas em 1964 para sufragar o "politicamente correto".

Perdeu de maneira humilhante e arrastou sua companheirada da direita. O articulista crê no vaticínio marxista de que, nestes tempos bicudos, aquela primeira tragédia americana pode ser sua atual farsa, dados os candidatos grotescos que se apresentam às atuais eleições.

O importante para nós, contudo, é constatar que o extremismo ideológico se correlaciona à impotência legislativa. O Brasil de hoje.

"Mutatis mutandis", da gloriosa esquerda do lulopetismo. É prioritário marcar pontos de suposta pureza, espraiar o discurso vazio em apoio ao projeto de poder.

Cuidar dos negócios do País é secundário. O resultado é a crise, a derrocada, a queda e, infelizmente, a tragédia que é do povo, não só do partido, sobretudo num país que ameaçou taxiar e os motores ficaram silenciosos.

Sem mudar sua triste e crônica história, de cuja libertação se jactavam. As ideologias extremistas sepultam seus defensores, a inteligência do homem e condenam os povos a dores prolongadas.

* Amadeu Garrido de Paula é advogado especialista em Direito Constitucional, Civil, Tributário e Coletivo do Trabalho.



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