Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Lula se acha Deus

Lula se acha Deus

01/06/2010 Pedro Cardoso da Costa

Desde que tomou posse, Lula, o presidente mais popular da história do Brasil sempre tropeçou no seu viés autoritário dos tempos de sindicalista, quando o grito era a arma mais utilizada na persuasão e a expressão de vítima de um sistema de governo só apontava correção de conduta para um lado.

Desde a denúncia do mensalão e a entrevista em Paris em defesa dos seus companheiros, a cada momento que aparece uma irregularidade a posição de Lula contra quem denuncia é imediata. Repetir os fatos não vem ao caso no momento, caberá uma pesquisa de cada um e a posição do presidente, sempre em defesa do erro. Em matéria de ética, Lula tem sido um desastre completo. A do momento foi chamar de levianos os responsáveis pela publicação de um relatório do Tribunal de Contas da União apontando o valor das verbas reservadas para prevenção a desastre e a destinação por estado. Em 2008, foram de R$ 169 milhões de reais, para o Rio de Janeiro foram 0,9% enquanto para a Bahia, 62%.

Primeiro, dever-se-ia entrar no mérito se este valor é significativo para resolução do problema ou se apenas simbólico. Não existe estudo que aponte o tamanho do problema e a quantia necessária para resolver ou amenizá-lo. Eis uma questão preliminar que diz respeito à sociedade. Órgãos de imprensa, oficiais precisam apontar sempre essa relação do valor disponível e do necessário para se ter idéia do quanto são as chances de solução, ou se essa grita será momentânea e a repetição de tragédia ocorrerá toda vez que chover mais forte.

Lula também atacou o Poder Judiciário em razão das multas que recebeu do Tribunal Superior Eleitoral por propaganda eleitoral antecipada. Não é nova sua aversão à Justiça, toda vez que uma decisão não lhe agrada. Tanto que, antes, defendera a abertura de uma suposta caixa preta desse mesmo Poder.

Depois de se tornar presidente de República, Lula só não explicita ser o próprio, mas suas colocações apontam que ele se acha Deus. Ele se acha maior do que o verdadeiro, mas Pelé não o deixará se achar melhor do que ele.

Ele é o melhor em tudo. Ninguém é mais democrático, ninguém nunca antes neste país fez algo melhor. O presidente Barack Obama brincou que ele era o cara, e o fez acreditar que isso significaria ser verdadeiramente o soberano. Não é. Seus assessores poderiam ajudar nessa tomada de consciência. Ao contrário, Marco Aurélio Garcia, o homem do toc toc toc da TAM, ensinou ao presidente do Supremo quando o que deveria falar. Nada mais democrático!

Ao contrário de seus ataques inconsistentes, embora inexplicável tamanha diferença de verbas entre os estados, o presidente precisa exigir dos seus subalternos mostrem os critérios utilizados na aplicação das verbas de prevenção a desastre e outras, ou então já está respondido quem é leviano. Com a palavra, Vossa Excelência, presidente.

* Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP - Bel. Direito



Democracia: respeito e proteção também para as minorias

A democracia é um sistema de governo que se baseia na vontade da maioria, mas sua essência vai além disso.

Autor: André Naves


O Brasil enfrenta uma crise ética

O Brasil atravessa uma crise ética. É patente a aceitação e banalização da perda dos valores morais evidenciada pelo comportamento dos governantes e pela anestesia da sociedade, em um péssimo exemplo para as futuras gerações.

Autor: Samuel Hanan


Bandejada especial

Montes Claros é uma cidade de características muito peculiares. Para quem chega de fora para morar lá a primeira surpresa vem com a receptividade do seu povo.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


Eleições para vereadores merecem mais atenção

Em anos de eleições municipais, como é o caso de 2024, os cidadãos brasileiros vão às urnas para escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores.

Autor: Wilson Pedroso


Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves