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Minha vida escolar – 1ª parte

Minha vida escolar – 1ª parte

30/01/2024 Eduardo Carvalhaes Nobre

Estamos em 1956. Eu, com 5 anos, em pé na porta de entrada da nossa casa na Av. Amazonas esperando, não sei quem, me levar para o meu primeiro dia de escola.

Devia ser por volta de meio-dia porque naquela época, as aulas começavam no horário da tarde.

Me recordo do meu uniforme que era sapato envernizado preto, meias brancas, calça curta de xadrezinho azul, blusa impecavelmente branca com um bolsinho com o escudo do colégio. Para finalizar, cinto e suspensório de couro preto.  Elegante e limpo, não como os “informais” de hoje.

E qual era a escola que tinha este padrão? O Instituto Santa Helena, na Rua Gonçalves Dias quase esquina com Av. Brasil, em Belo Horizonte. Esta escola era a preferida das famílias que queriam uma educação de primeira para seus filhos, com ensino moderno e formação católica.

Para minha sorte, se é assim que posso dizer, meus pais sempre me proporcionaram a melhor educação e escolheram este educandário porque, além de todas as vantagens, a diretora era minha tia Marita, irmã de minha mãe.

Tudo de bom para quem iria iniciar uma longa jornada de preparação para a vida.

Fiquei nesta escola por 6 anos. Foi o alicerce para minha formação e de muitos da nossa geração.

A minha primeira professora foi a Dona Maria Luiza Faria Matos. Nada de chamar a mestre de “tia”. Isto é um modernismo que jamais poderia ter sido adotado porque tias e tios são pessoas da família e muito especiais.

Foram 2 anos no jardim de infância. Na minha época acho que não existia maternal que surgiu quando as mães começaram a ir para o mercado de trabalho.

A minha mãe nunca enfrentou este dia-a-dia fora de casa porque era professora de piano e nossa infância sempre foi muito musical. Dó-Ré-Mi era sempre no início de todas as manhãs.

Lembrei agora de algo importante. Da merendeira, conhecida hoje como lancheira. De couro preto com um buraco redondo no topo para dar lugar a uma garrafinha de vidro para água. Ou leite ou suco natural. O que era nosso lanche? Nada industrializado e sim um delicioso pão com manteiga, uma banana ou pão com ovo frito. Às vezes biscoito Maria e balas Chita, aquela da macaca do Tarzan. Hummm...que delícia!

Não me recordo de quase nada deste período da minha vida. Somente as lembranças do primeiro dia, do uniforme e da professora que até hoje são marcantes na minha memória. Tenho uma foto no hall de entrada da minha casa que é o único registro desta época,

Deste período da escola lembro somente do que narrei. Pode parecer pouco mas as lembranças vem com o tempo.

No próximo capítulo vou narrar minha vida no primário. Se eu lembrar de algo, volto atrás e reviso porque hoje, os textos são dinâmicos. Uma das vantagens da internet é que não existem publicações em papel.

Não que eu seja contra o papel. Gosto do cheiro e do manuseio. Mas revisões ou alterações somente são feitas quando são publicadas novas edições. Fica o registro.

Até breve

* Eduardo Carvalhaes Nobre é diretor de O Debate

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