Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Não façam o coronavírus de bandeira eleitoreira

Não façam o coronavírus de bandeira eleitoreira

26/03/2020 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

A infestação de coronavírus e, principalmente, as mortes que dela poderão decorrer são os mais graves problemas hoje enfrentados pelo país e pelo mundo.

Mas da forma que a questão está se encaminhando no Brasil, ainda teremos de purgar adicionalmente a crise econômica e social.

Tanto que o presidente Jair Bolsonaro, em pronunciamento na terça-feira (24), pediu a governadores e prefeitos que abandonem o “conceito de terra arrasada” e voltem atrás nas questões do fechamento do comércio, escolas e outros estabelecimentos e do confinamento em massa.

Considerando que o grupo de risco é nas pessoas a partir dos 60 anos de idade e são raros os casos fatais em menores de 40 anos, pregou que se reabra as escolas e possibilite o funcionamento do país, adotados os devidos cuidados entre as pessoas para evitar a infecção.

Neste momento, mais grave do que os riscos concretos é a polarização política. A conhecida falta de tato do presidente somada à oposição e oportunismo de seus contrários – muitos deles em postos importantes da República – potencializam o embate e o clima de discórdia, prejudicial ao momento de crise pandêmica.

É preciso compreender que o país não dispõe de lastro econômico para sustentar por muito tempo a cessação da atividade produtiva.

Por mais que possam fazer, tanto os cofres públicos quando o bolso do empresariado só suportarão até certo ponto.

É preciso fazer tudo para evitar a chegada da quebradeira nos negócios pois, aí sim, a verdadeira crise econômica se instalará com o aumento do desemprego, problemas de abastecimento e convulsão social.

Só 6% da população têm alguma poupança e o caixa das empresas pequenas e médias, que constituem 80% do segmento, não suporta mais do que 27 dias sem produção.

Há que se considerar, ainda, que os vulneráveis – trabalhadores informais, ambulantes, moradores de favelas e outros – precisam gerar sua renda todos os dias ou, então, passam fome. Nada mais perigoso do que uma população de esfomeados.

Existem muitas teorias sobre o combate ao vírus e a devastação econômica por ele trazida. É hora dos detentores do poder se unirem em busca da melhor solução.

Presidente, governadores e prefeitos têm de deixar em segundo plano suas divergências políticas e ideológicas e os planos de futuro, para atenderem ao imperativo do momento.

Eles têm a obrigação de criar o protocolo que mais se ajuste à situação brasileira, de seus estados e municípios em relação ao vírus.

Sempre com o cuidado de evitar que os efeitos colaterais do “remédio” sejam mais devastadores do que o mal combatido.

Senhor presidente, governadores, prefeitos, simpatizantes e antipatizantes. Compreendam o momento difícil e deixem de lado tudo o que possa desuni-los e enfraquecer o combate do mal.

Não façam do coronavírus uma maldita bandeira eleitoreira. Seus eleitores e toda a Nação esperam dos senhores grandeza e senso de responsabilidade.

Não permitam que as vaidades, os interesses pessoais, políticos ou ideológicos coloquem tudo a perder. A pandemia vai passar e depois dela, cada um que siga o seu caminho, mas todos com a certeza do dever cumprido…

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Fonte: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves



Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre