Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!
Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!
O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.
Tão diversas quanto às razões que os pais escolhem para definir os nomes dos filhos. Nome de um artista da moda, de um cantor famoso ou uma homenagem a um membro da família.
Ou a junção de parte dos nomes do pai e da mãe, o que resulta desde nomes bastante naturais até os resultados mais bizarros. No meu caso não aconteceu nada de extraordinário.
Como sou gêmeo, meus pais apenas escolheram nomes compostos, porém invertidos para mim e meu irmão. Assim, meu irmão foi batizado como Marcos Antônio e eu, Antônio Marcos.
Mas o Antônio Marcos acabou ficando restrito ao ambiente profissional. Fora dele, e nos diversos ambientes por onde convivo, sou tratado por inúmeras formas.
Dependendo do grupo, posso ser chamado por Antônio, Tonho, Toninho, Tonhão, Marcos, Marquinhos, Marcão, além do apelido "Prego" que me acompanha desde a juventude.
São tantos nomes que às vezes eu dizia que ia acabar tendo crise de identidade. Felizmente são apenas jeitos carinhosos de ser tratado por tantos amigos que enriquecem muito a minha vida.
Mas o fato de Antônio ser um nome muito comum também gera situações engraçadas. Certamente todos que usam o Whatsapp tem na sua lista de contatos muitos Antônios.
Na última semana três fatos me fizeram rir bastante. Estava fazendo contato com uma jornalista de Brasília tentando um projeto para ajudar a Fundação Sara, entidade da qual atuo como Vice Presidente voluntário.
No dia seguinte ao primeiro contato, recebi uma mensagem dela no WhatsApp me tratando por Toninho, o que já me causou estranheza, pois nem a conhecia pessoalmente.
E sua mensagem dizia várias coisas que eu não entendi absolutamente nada. Perguntei a ela se não estava me confundindo com outra pessoa.
Ela se desculpou dizendo: - Perdão, mandei para a pessoa errada. Ia mandar para o Toninho ilustrador. Me desculpe. Apenas ri e segui adiante.
No dia seguinte fui jogar tênis no Minas com uma amiga com quem jogo nas quintas. E o rapaz que faz a marcação das quadras se chama Antônio, rapaz muito educado e querido por todos os tenistas e tratado por Toninho.
Na parte da tarde recebo uma mensagem da minha parceira: - Antônio, se você for sair antes das 17hs me avise, ok? Preciso do grip para hoje. Imaginando o que ocorrera, respondi: - Será que você não errou de Antônio? - Vichi, kkkkkk errei!
Neste mesmo dia, me preparava para deitar quando recebi uma mensagem de um grande amigo de Montes Claros, cujo filho caçula se chama Antônio, da mesma idade do meu filho Gabriel.
Era uma mensagem de boa noite e dizia assim: - Boa noite, meu filho. Durma com Deus. Te amo. Saudades. Luz e Sabedoria.
E eu não perdi a chance e respondi: - Obrigado, meu pai. E ótima noite! O outro Antônio responderia assim? No dia seguinte, bem cedo ele mandou: - Diiiiiiiaaaaa! Pois é, responderia sim!
E assim vou eu, entre Tonhos, Antônios, Marcos, Tonhão e Toninhos seguindo pela vida e buscando sempre o cultivo de novas e boas amizades! E ainda faltaram: Tonico e Ponga.
* Antônio Marcos Ferreira é engenheiro eletricista, aposentado da Cemig e vice-presidente da Fundação Sara.
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