Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O feirão da infidelidade política

O feirão da infidelidade política

04/03/2016

Um “feirão” está funcionando no Congresso Nacional.

Deputados aproveitam a janela que os permite mudar de partido até o dia 18 de março, sem perder o mandato, e negociam o passe.

Barganham cargos e falam em ofertas de até R$ 2 milhões pela filiação de um novo parlamentar. Estima-se que, por esse processo, pelo menos 10% dos 513 deputados federais estarão de partido novo.

É, sem dúvida, um show de fisiologismo que demonstra a razão da pouca importância das agremiações partidárias.

O mais grave é que esse indigesto mercado também está instalado nas Assembléias Legislativas das 27 unidades federativas (estados e distrito federal) e nas Câmaras dos 5.570 municípios brasileiros.

A janela que suspende o instituto da fidelidade partidária enseja a negociação espúria, onde o parlamentar é cooptado a, em troca de vantagens, trair a confiança daqueles que nele votaram.

Oposicionistas tornam-se situacionistas e vice-versa, tudo ao sabor de interesses que não são o do eleitor, mas da elite política que governa com desprezo àquilo que o povo pensa ou quer.

Quando a negociação ocorre apenas com cargos dentro das próprias casas legislativas ou nos partidos, o problema é menor. Mas no momento em que parlamentares são pagos com cargos no Poder Executivo, está configurada a imoral (até ilegal) interferência de um poder no outro poder.

No momento em que entram recursos financeiros, aí, então, a corrupção é declarada. De onde vêm os recursos para pagar R$ 2 milhões pela mudança partidária de um deputado federal?

É preciso saber se esse dinheiro não é de propinas, achaques ao cofre público ou de qualquer outra fonte criminosa.

O crime – não importa sua modalidade – jamais poderá financiar as atividades políticas, pois isso destrói o país e a democracia.

Lamentavelmente, o sistema de coalizão pós-eleitoral e cooptação dos integrantes das minorias está tão arraigado na vida política nacional e a simples possibilidade de reacomodação daqueles que estão desconfortáveis em seus partidos, acaba se transformando em negócio ou negociata.

É preciso encontrar uma forma de vida própria aos partidos políticos e acabar com o vício daqueles que ganham as eleições e, em vez de simplesmente governar, lançam-se à ação de comprar o apoio dos que o povo escolheu para ser oposição.

Há que se desmontar o balcão de negócios...

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).



A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques