Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O futuro da educação

O futuro da educação

13/06/2015 Denis Del Bianco

Nos próximos anos, iremos experimentar o ensino de uma maneira completamente diferente.

Digo isso por conta do avanço da tecnologia, que deverá transformar a forma com que as instituições de ensino se relacionam com seus alunos, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior.

Neste artigo, focarei na aplicação da tecnologia disruptiva nas universidades, que deverá simplificar o relacionamento dessas organizações com seus públicos, contribuindo para uma oferta de cursos mais adequados à nova geração.

Atualmente, o processo de escolha de uma instituição de Ensino Superior e de um curso depende exclusivamente dos estudantes. Porém, com a adoção de ferramentas do universo digital, as organizações podem aprimorar a captação de alunos e ajudá-los a escolher o curso mais adequado.

Esse é o primeiro passo para um acompanhamento assertivo do ciclo de vida do aluno. Há alguns anos, as instituições se preocupavam apenas em atrair alunos. Hoje, tão importante quanto a prospecção, é atendê-los da forma adequada para evitar a evasão – um dos principais desafios do setor.

Dispositivos móveis, plataformas colaborativas, soluções de analytics e de automação de processos podem apoiar as instituições de ensino no gerenciamento de cada uma das etapas do ciclo de vida do aluno (captação, ingresso, curso e pós-formação).

Se considerarmos que um aluno típico das instituições de Ensino Superior, nos próximos cinco anos, pertence à geração que já nasceu conectada, o uso de ferramentas de big data e analytics serão imprescindíveis para analisar as informações disponíveis em suas redes sociais, e identificar, com precisão, o perfil de cada um.

Com esses dados, as escolas poderão direcionar melhor as ações de captação de alunos, proporcionando uma aproximação com os estudantes antes mesmo de eles a procurarem. Essa comunicação segmentada poderá, ainda, orientar prospects sobre o curso mais adequado com base em seu perfil e interesses, resultando em uma atração de estudantes mais assertiva.

No processo de ingresso, por exemplo, o aluno poderá escolher, por meio de tecnologias e de forma ágil e flexível, as matérias e a unidade em que deseja realizar o curso, bem como o horário e a modalidade – presencial ou à distância – sem necessidade de deslocamento e entrega presencial de documentos.

Por outro lado, a tecnologia permitirá à instituição sugerir disciplinas, turmas, locais e modalidades extras para incrementar a experiência do estudante. Durante o curso, a confirmação de presença em sala de aula, por meio de celulares ou biometria, alimentará uma base de dados sobre o comportamento do estudante.

A instituição poderá oferecer aulas de reforço para aqueles que apresentarem desempenho abaixo do esperado ou um link de acesso ao conteúdo ministrado em sala para os que faltaram. Além disso, a adoção de material didático digitalizado e atividades online contribuirão para um engajamento maior dos alunos, tornando o ambiente mais colaborativo.

Os livros e apostilas serão comercializados por meio de lojas de aplicativos, como Apple Store e Google Play, e, por serem digitalizados, permitirão ao aluno sinalizar os trechos em que teve dificuldade e compartilhar a informação com os colegas ou com a instituição para revisão e reforço do tema.

Com um sistema adaptativo de aprendizado será possível aprimorar as aulas, uma vez que a ferramenta tem capacidade de identificar o método de aprendizado mais efetivo para cada aluno, tanto em cursos à distância (EAD), como presencial.

Já com a prática de game based learning, que confere pontos aos estudantes que completam os exercícios extras e avaliações digitais (provas e simulados), será possível obter estatísticas para que os alunos avaliem o seu desempenho em relação aos demais, incentivando o engajamento e a troca de experiências entre eles.

As tecnologias também permitem o estabelecimento de um relacionamento mais próximo com os egressos ao possibilitar o desenvolvimento de campanhas sobre os novos cursos com base no perfil e evolução profissional deles, incentivando o retorno à instituição.

Em um futuro próximo, a adoção de ferramentas de produtividade digital permitirá uma melhor avaliação do aluno, do professor, das disciplinas e até mesmo do curso. As tecnologias possibilitarão às instituições de Ensino Superior extrair inteligência dos dados e, com isso, ser mais assertiva na forma de transmitir o conteúdo, oferecendo uma melhor experiência de ensino aos estudantes.

Além disso, as mudanças impulsionarão um relacionamento mais próximo com os alunos e um melhor acompanhamento de todas as etapas do ciclo de vida estudantil.

* Denis Del Bianco é formado em Informática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com MBA em Gestão de Negócios no IBMEC.



Democracia: respeito e proteção também para as minorias

A democracia é um sistema de governo que se baseia na vontade da maioria, mas sua essência vai além disso.

Autor: André Naves


O Brasil enfrenta uma crise ética

O Brasil atravessa uma crise ética. É patente a aceitação e banalização da perda dos valores morais evidenciada pelo comportamento dos governantes e pela anestesia da sociedade, em um péssimo exemplo para as futuras gerações.

Autor: Samuel Hanan


Bandejada especial

Montes Claros é uma cidade de características muito peculiares. Para quem chega de fora para morar lá a primeira surpresa vem com a receptividade do seu povo.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


Eleições para vereadores merecem mais atenção

Em anos de eleições municipais, como é o caso de 2024, os cidadãos brasileiros vão às urnas para escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores.

Autor: Wilson Pedroso


Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves