Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O Hotel Big Mac

O Hotel Big Mac

30/12/2017 Julio Gavinho

O Big Mac foi criado por um franqueado, e não pelo McDonald´s.

O criador em questão, Mr. Deligatti atendeu ao desejo do público de uma refeição mais parruda e com isso, criou um dos índices econômicos mais confiáveis do mundo. O “The Economist” só deu nome e comparou os 100 países, batizando o Big Mac index.

Mas afinal, qual o segredo do sucesso de uma marca que atende famintos em Nova Iorque, Paris, Londres, Moscou e Beijin? A consistência. Veja bem: o Big Mac tem o mesmo gosto, mesmo tamanho e mesma aparência em pelo menos 100 cidades do mundo aonde ele, inclusive, tem o mesmo preço.

A variação anual deste preço médio chama-se então o tal de “índice Big Mac”. Consistência... Esta é a palavra mágica do negócio de rede. É o abracadabra da conquista do cliente. Fazer mágica em hotelaria é para Mandrake mesmo. Nosso setor é difícil, delicado e tinhoso. Não é fácil operar um business que tem comportamento diferente dos demais, mas tem o mesmo trato fiscal e previdenciário.

Não é fácil operar um business que trata com o sono e a alimentação do seu cliente. Não é fácil mesmo tratar de um negócio que, a parte de uma cidade como São Paulo, sofre muito com a sazonalidade e com os dias de ócio forçado, como noites espremidas entre feriados. As margens apertadas não permitem grandes peripécias operacionais e todo nosso esforço acaba sendo em vendas & marketing.

Como consequência acabamos todos, brand ou não, nadando no oceano vermelho da competição feroz. As grandes marcas hoteleiras internacionais deveriam oferecer solução para estes e outros problemas e confesso, algumas até oferecem.

Ao contratar uma franquia internacional hoteleira você busca um atalho nos seus processos de desenvolvimento, pois assume que revisão de projetos construtivos, aprovação de localização, consultoria de aprovações, de projeto de interiores, auxilio na elaboração de BP e de orçamento entre outras coisas, estão incluídas no preço.

O problema das maiores empresas hoteleiras do mundo que optaram por crescer na América via franquias, é que quase todas optaram por fazer negócios individuais com empresários operadores e investidores por aqui. Para fazer um negócio de franquia apenas no Brasil, não vale o esforço. Para o franqueado, é o mesmo. Todos os investidores são esmagados com as taxas de franquia, royalties, marketing e mariolas somadas aos custos de operação de um hotel digamos midscale.

Os próprios criadores mataram todas as franquio-criaturas e os seus negócios antes mesmo que nascessem. Os custos de franquia chegam a números cósmicos tais quais 12% da receita do franqueado. Apenas uma marca hoteleira internacional optou por desenvolver parceiros franqueados no Brasil através de empresas hoteleiras acostumadas ao nosso ambiente difícil, delicado e tinhoso.

Graças a um engenhoso “rachid” de taxas, conseguiram viabilizar cerca de 60 hotéis de marca internacional no Brasil oferecendo ao hospede Brazuca a tal da consistência. Esta palavrinha (consistência) permeia nossas decisões de compra de hospedagem por anos, associada a localização. Se viajarmos de férias e não conhecemos bem o lugar para onde vamos, aquela marca que conhecemos e da qual somos clientes, nos garante o conforto de pouco risco. Isto é a tal fidelidade a marca, que se ganha com consistência.

Chateie não: sou meio repetitivo mesmo. Conhecer o inimigo é função primaria na guerra pelo cliente e, neste cenário, ganha quem opera bem o seu Big Mac. Consistência é fundamental, mas precisa ser entendida dos dois lados do balcão. Isso, só uma marca forte te dá. A questão é quanto você está disposto a pagar.

* Julio Gavinho é executivo da área de hotelaria com 30 anos de experiência, fundador da doispontozero Hotéis, criador da marca ZiiHotel, sócio e Diretor da MTD Hospitality.



Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre