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O otimismo do consumidor brasileiro e os novos rumos do varejo

O otimismo do consumidor brasileiro e os novos rumos do varejo

20/02/2014 Marcelo Murin

Semana passada foi divulgada uma pesquisa anual sobre o comportamento do consumidor de nove países emergentes, conduzida pelo Credit Suisse e pela Nielsen.

Nela aponta-se o consumidor brasileiro como o mais otimista dentre os países pesquisados. O percentual de consumidores brasileiros que espera uma melhora em sua situação financeira nos próximos seis meses é de 58%. Apesar de ser o mais alto entre os países emergentes, vem apresentando sinais de queda, pois este percentual já foi de 63% no ano passado.

Essa redução de curto prazo no otimismo pode ser resultado da expectativa de crescimento inflacionário (10% para 40%) dos pesquisados, e tem impacto direto no comportamento do consumidor brasileiro. Ainda segundo a pesquisa, a expectativa de gasto não essencial continua alta, mas parou de crescer. Os brasileiros estão agora mais focados no consumo de itens cotidianos, como roupas, do que de coisas maiores, como casa e carro.

Desta forma, podemos concluir que o consumo está sendo direcionado para bens não duráveis e de alto giro, o que pode ser muito bom para um determinado segmento do varejo brasileiro, e para tanto é importante estar muito bem preparado para este momento. Claro que com a estabilidade econômica no país, e com a inserção de uma enorme parcela de pessoas no consumo nas últimas décadas, o comportamento do consumidor vem mudando sensivelmente, uma vez também que um maior número de pessoas passou a ter acesso a produtos e serviços que não tinham no passado.

Esse consumo foi fortemente impactado de forma positiva como bens móveis e imóveis, duráveis e não duráveis, serviços, viagens, assim como tantos outros segmentos. De acordo com a pesquisa mencionada, estamos entrando em um momento de maior incerteza em relação a perspectiva econômica, e consequentemente o consumidor deixa de fazer compromissos de prazo mais longo, focando suas compras em produtos de necessidades primárias e secundárias.

Se pensarmos nas necessidades da pirâmide de Maslow, onde as pessoas buscam primeiramente satisfazer suas necessidades primárias e depois as de status e de auto-realização, podemos dizer que o consumidor está descendo alguns degraus em sua pirâmide de consumo. Obviamente que ainda assim buscará satisfazer suas pequenas indulgências, e isso é extremamente positivo para os segmentos de varejo que trabalham com categorias que atendem a satisfação de produtos de alto giro que supram a estas necessidades.

A tendência então é de termos o consumo mais concentrado nos segmentos de vestuário, cosméticos, alimentos, bebidas e serviços também como entretenimento, viagens, e alguns outros. Sem dúvida alguma que isso não é uma regra absoluta, e sim uma tendência baseada em dados resultantes da pesquisa realizada pelo Credit Suisse e Nielsen, sobre os consumidores emergentes de nove países. Mas como sabemos, a situação socioeconômica de nosso país, juntando as duas informações pode nos dar uma boa ideia de onde e como atuar junto ao varejo nos próximos meses. Acredito que vale a pena ficar atento!

*Marcelo Murin é administrador de empresas com especialização em marketing e sócio-diretor da SOLLO Direto ao Ponto.



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