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O patriotismo e a cidadania

O patriotismo e a cidadania

06/03/2009 Dirceu Cardoso Gonçalves

Desde os tempos da abertura política, ocorrida no final dos anos 70, o culto ao patriotismo, lamentavelmente, ficou fora de moda.

Os libertários de então preferiram acreditar que liberdade (muitas vezes trocada por libertinagem) era o termo mais adequado para o momento. Valores como a urbanidade, o devido respeito aos mais velhos e aos mais novos, o cumprimento às leis e os bons modos deram lugar à intolerância, à vingança e à desídia. Virou moda protestar e transgredir, mesmo que sem causa. Os pais e professores que tentaram continuar transmitindo valores patrióticos e de bom comportamento social foram catalogados como caretas, retrógrados ou coisas piores. E o resultado está aí, para quem quiser conferir. Um erro não justifica o outro. Se em algumas épocas os valores patrióticos foram indevidamente utilizados, há de se entender que o errado não era o patriotismo, mas quem o invocava para finalidades indevidas.

Ser patriota - conforme na definição do  professor Silvio Campos - é não ficar em cima do muro, é participar, exigir os direitos de cidadão, é cobrar, das autoridades governantes a cuidar bem do País, é participar com sua comunidade em tudo que pode melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, é respeitar seus irmãos, os mais velhos e as crianças, aprender com eles, trabalhar sempre pensando no melhor para sua cidade e seu País; significa, povo de cultura, progresso, visão, felicidade, paz interna, saúde, segurança, dignidade, esperança de um futuro garantido. A democracia brasileira que hoje vive o seu mais longo período de vigência, exige muita reflexão e adaptação. Não podem os ressentimentos dos períodos autoritários eliminar valores maiores do que o próprio regime vigente. O patriota não é necessariamente um cidadão de esquerda ou de direita, religioso ou ateu, branco ou negro, pobre ou rico.

É apenas um indivíduo que ama a sua pátria e tudo faz para que nela imperem os bons costumes, governos honestos e a paz e urbanidade entre as pessoas. Isso cabe em qualquer lugar do mundo, independente de sua orientação político-ideológica. Em minha modesta opinião, o Brasil já quebrou muito a cara com a postura dos libertários a qualquer preço. Chegou, inclusive, ao cúmulo de, buscando a liberdade, cair nas garras do crime organizado e dos "modernosos" que protestam apenas pelo sabor de protestar, mas em nada contribuem para o avanço da sociedade. Vivemos um momento em que todos já entenderam que só a liberdade "ampla geral e irrestrita" não resolve os grandes problemas nacionais. É preciso de liberdade, mas com urbanidade, patriotismo, cidadania e valores éticos. Fico feliz ao ver o pequeno município de Macatuba (SP), onde tive a felicidade de nascer décadas atrás, desenvolvendo um movimento pelo patriotismo e cidadania e já colhendo bons frutos como, por exemplo, a ausência de pichações em muros e paredes. Espero que o exemplo de meu querido berço natal possa frutificar e alastrar-se por todo o Brasil e, quiçá, além-fronteiras...

*Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).



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