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O perigo de escrever

O perigo de escrever

23/10/2019 Humberto Pinho da Silva

O meu passatempo favorito, é escrever. Escrever: é, nem mais nem menos, conversar sem ser interrompido.

Mas escrever, ser articulista, ter opinião, não é fácil, mormente em épocas de liberdade… Em ditadura, os censores, cortam; em democracia, muitas vezes, desancam nas redes sociais…

Em 1994, era colaborador do: “O Correio do Ribatejo”. Numa das crônicas desabafei, a indignação e tristeza, porque, determinado leitor, não gostando do que escrevera, resolvera enviar-me carta, polvilhada de insultos. Carta anônima… Claro.

Poucas semanas depois, tive a boa e agradável surpresa, ao abrir: “O Correio do Ribatejo”, de 27/Julho/1994 deparar, em destaque, Carta Aberta, dirigida a minha pessoa, assinada pela leitora Natalina Milhano Pintão:

“Li com emoção e misto de tristeza e admiração, a sua crônica, sobre: ‘O Perigo de Escrever’.”

“Creio não conhecer o homem, que, semanalmente, nos contempla com um pouco do seu ‘pensar’, expresso em ideias profundas, simples e generosas, porque são humanas. Sou dos que gostam de ler, nas páginas de um jornal, além de notícias dos acontecimentos do dia a dia, da terra (mais ou menos engalanadas, consoante quem escreve ou manda escrever), artigos de opinião. Essa opinião, leva-me a refletir e comparar a minha opinião, com essa outra opinião.

“A opinião é igual à minha? É diferente da minha? Não é isso que me ocupa, e muito menos me preocupa. O que eu quero, é pensar… usar a minha cabeça, porque ‘cada cabeça sua sentença’, (eu acho que é democrático, e até se ensina nas Escolas: ter opinião responsável).”

“O que me interessa, isso interessa a valer, é saber que o que foi escrito, é verdade, ou pelo menos, a verdade do ‘escritor’, sem intenções encapotadas, que expõe, ‘na praça pública’ (como dizia sua avó), a sua opinião transparente.”

Seguem depois palavras amáveis, que não interessa transcrever.

Voltaire, perguntava, certa vez, a mademoiselle Quinout: “Que ganhei eu em vinte anos de trabalho? Nada, a não ser inimigos. Tal é o preço que, quase sempre, deve esperar-se da cultura das letras: muito desprezo quando não se triunfa, muito ódio quando se triunfa”.

Sempre que o escritor publica livro de sucesso, logo se levantam vozes de inveja…até de amigos. E a crítica? Como atua?

“A crítica, entre nós, é a impressão escrita sobre o joelho, com a pressa de quem vai salvar o pai, da forca; escrita por amizade, ou por antipatia; as nem sim nem sopas; a de ajuste de contas (agora é que ele vai saber de que força é o filho de meu pai!); a dos ciúmes recalcados… Cruz Malpique, Notícias de Guimarães”, de 4/10/91.

“Em Portugal, há uma larga tradição de murmúrio. De inveja. De cobiça. E de Preguiça, também. Os valores, raramente são reconhecidos, e os mais inteligentes, constituem o repasto ideal para a calúnia” – Disse, e disse bem, Helena Sacadura Cabral, in: “Diário de Notícias”, citado no: “O Dia” de 9/9/02.

Em Portugal, e em toda a parte…Salvo raras exceções, o homem são sempre o mesmo. O homem… e a mulher…

* Humberto Pinho da Silva

Fonte: Humberto Pinho da Silva



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