Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O que é reserva de emergência e onde investi-la?

O que é reserva de emergência e onde investi-la?

16/03/2021 Danilo Gato

A reserva de emergência é uma das ações mais importantes em um bom planejamento financeiro, vamos entender o porquê.

Todo investimento presume tempo, ou seja, normalmente investimos para ter benefícios financeiros em algum momento do futuro.

A questão é que, entre hoje e essa data futura, podemos ter imprevistos financeiros na nossa vida, como: danos em bens materiais, desemprego, auxílio a familiares, entre outras situações. Nessas situações, normalmente vamos precisar de dinheiro com certa urgência.

O problema é que, normalmente na nossa carteira, existem vários investimentos que não permitem resgate no meio do caminho ou até mesmo investimentos como ações, por exemplo, que até permitem a venda a qualquer momento, mas dependendo do mercado podemos ter prejuízos.

Então, fica claro que se precisarmos resgatar os investimentos da nossa carteira sem planejamento, podemos ter altos prejuízos e comprometer a realização dos nossos objetivos. Por isso, todos os investidores precisam ter uma reserva de emergências.

Ela consiste em um valor que devemos ter aplicado em investimentos muito seguros e de alta liquidez (que permitem resgate a qualquer momento) para que possamos usá-lo no caso de imprevistos. Essa reserva é considerada separadamente de nossas carteiras para os outros objetivos.

Mas quanto devemos ter guardado na reserva de emergências?

É um consenso no mercado financeiro que um valor acumulado de aproximadamente 6 meses dos seus gastos básicos investidos para a reserva de emergências é suficiente para superar a maioria dos imprevistos.

Investidores que querem ter ainda mais segurança podem ter até 1 ano de suas despesas básicas para esse tipo de reserva.

Todo investidor iniciante deveria ter como principal objetivo inicial consolidar sua reserva de emergências.

É extremamente comum, na empolgação inicial para investir em opções mais arriscadas e rentáveis, os iniciantes negligenciarem a reserva de emergência, apenas para verem suas carteiras destruídas nos próximos anos porque tiveram que resgatá-las por causa de algum imprevisto.

Então, realmente precisamos consolidá-la antes de começarmos a investir para outros objetivos.

Quais investimentos são bons para a reserva de emergência?

Normalmente, buscamos investimentos que possuam 3 características principais:

1 - Alta liquidez: muitos investimentos não podem ser resgatados a qualquer momento. Isso seria um grande problema se tivéssemos algum imprevisto e precisássemos do dinheiro com urgência.

Por isso, precisamos escolher apenas as opções que permitem resgate imediato, ou seja, que possuam alta liquidez.

2 - Estabilidade: se fizermos o cálculo para nossa reserva possuir o equivalente a 6 meses dos nossos gastos, ela precisa ter, no mínimo, sempre esse valor disponível para resgate. Não podemos usar opções onde o valor investido fica oscilando, como ações, por exemplo.

3 - Segurança: essa reserva é feita para emergências, logo, não podemos correr o risco de usarmos investimentos arriscados ou de procedência duvidosa, já que poderia acontecer uma situação delicada de o dinheiro “desaparecer” bem no momento que precisamos.

Notem que não citei rentabilidade. Para a reserva de emergência, ela é apenas um fator de desempate entre as opções que seguem os 3 fatores acima.

Se um investimento é mais rentável, mas não possui alguma das 3 características principais, ele não é compatível e não deve ser utilizado.

Hoje, algumas das opções mais populares para a reserva de emergência, que possuem as 3 características, são:

- CDBs com liquidez diária: são investimentos emitidos por bancos que são considerados muito seguros porque são protegidos pelo FGC (uma espécie de seguro que reembolsa os investidores em até R$ 250.000,00 no caso de falência do banco). Porém, precisa ser a opção com liquidez diária, já que as outras só permitem resgate no vencimento.

- Tesouro Selic: é o título mais conservador do Tesouro Direto e o único que normalmente pode ser resgatado a qualquer momento sem perdas. É considerado por muitos o investimento mais seguro do país.

- Fundos DI: são fundos de investimento muito conservadores que investem praticamente todo seu patrimônio em investimentos muito seguros, como o próprio Tesouro Selic. Também podem ser resgatados a qualquer hora.

- Contas correntes remuneradas de bancos digitais: essa é uma modalidade muito recente, mas que está ganhando muito espaço por sua praticidade.

Alguns bancos digitais possuem esse serviço, onde só de transferirmos nosso dinheiro para a conta corrente, ele automaticamente passa a render a taxa Selic diariamente. São considerados seguros porque esse dinheiro das contas fica separado do patrimônio do banco.

Então, fica aqui minha recomendação para quem está começando a investir agora: consolidem primeiramente a reserva de emergência para que possam depois investir para outros objetivos com mais tranquilidade e segurança.

* Danilo Gato é educador financeiro, autor do livro “Aprenda a Investir seu dinheiro” e criador do canal Finanças em desenho.

Para mais informações sobre reserva de emergências clique aqui…

Fonte: Case Comunicação Integrada



Democracia: respeito e proteção também para as minorias

A democracia é um sistema de governo que se baseia na vontade da maioria, mas sua essência vai além disso.

Autor: André Naves


O Brasil enfrenta uma crise ética

O Brasil atravessa uma crise ética. É patente a aceitação e banalização da perda dos valores morais evidenciada pelo comportamento dos governantes e pela anestesia da sociedade, em um péssimo exemplo para as futuras gerações.

Autor: Samuel Hanan


Bandejada especial

Montes Claros é uma cidade de características muito peculiares. Para quem chega de fora para morar lá a primeira surpresa vem com a receptividade do seu povo.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


Eleições para vereadores merecem mais atenção

Em anos de eleições municipais, como é o caso de 2024, os cidadãos brasileiros vão às urnas para escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores.

Autor: Wilson Pedroso


Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves