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O que esperar para o ano de 2021? De olho na ciência e inovação

O que esperar para o ano de 2021? De olho na ciência e inovação

16/02/2021 Daniel Minozzi

O ano de 2021 iniciou com uma expectativa de novos tempos, após um 2020 cheio de dificuldades causadas pela pandemia.

Porém, apesar desse sentimento, ainda paira um grande nevoeiro na estrada, que gera um cenário duvidoso sobre o que está por vir nos próximos meses. Esse sentimento por dias melhores tem um fator alavancador: a ciência.

Uma coisa é certa: o momento de crise é um terreno muito fértil para o avanço da ciência. Ela traz inovação, novos produtos em diversos setores - incluindo os fármacos - e diversos atributos que podem ajudar a lidar com uma nova questão.

Trazendo essa reflexão para o tema do coronavírus, a ciência permitiu a expansão da inovação para a criação de soluções que ajudem a nos proteger desse pequeno microorganismo que tem feito estragos tão grandes.

Essa contribuição tão significativa despertou ainda mais a atenção das pessoas em relação à ciência. As discussões se tornaram mais relevantes, já que ela passou a ser destaque na mídia.

E a cada evolução, os consumidores estão ficando cientes sobre seu papel cada vez mais relevante nesse combate. Em termos de avanços científicos, o ano de 2021 será um grande celeiro de novos produtos e soluções anti-Covid.

No universo do mercado de micropartículas de prata, as embalagens inteligentes estão dando cada vez mais novos passos em termos de inovação.

São itens que possuem propriedades antimicrobianas, o que permite a empresas e consumidores não terem a necessidade de se preocupar com a realização de assepsias todo o tempo. Isso vai trazer ainda mais segurança para as operações logísticas e também para o comércio varejista.

Mas essa inovação é somente um dos elos importantes de todo o conjunto de combate que estamos construindo atualmente para reduzir cada vez mais a contaminação do Sars-Cov-2.

A proteção tem que ser pensada como um todo. Já temos alguns protocolos de segurança, como a adoção de máscaras - hoje algumas feitas com tecidos anti-Covid - higienização das mãos, distanciamento social.

Mas ainda precisamos avançar muito mais. E, nesse sentido, entram as vacinas, uma das grandes conquistas de 2021.

O Brasil hoje assiste a vários países do mundo darem um exemplo da importância do investimento em ciência e inovação.

Nações como o Canadá, por exemplo, neste momento já adquiriram dez doses de vacina por habitante - quantidade mais do que suficiente para imunizar a sua população, garantindo que ninguém fique sem esse direito.

Israel já está com uma grande porcentagem de sua população vacinada. A Inglaterra segue utilizando a vacina produzida pela Universidade de Oxford.

Os Estados Unidos já investiram mais de US$ 10 bilhões para o desenvolvimento de vacinas - somente a Moderna, empresa americana de biotecnologia, recebeu mais de US$ 480 milhões. Já a União Europeia, mais de 500 milhões de euros.

Enquanto isso, em nosso país, impasses políticos impedem que hoje estejamos no mesmo compasso desses mercados.

Os recursos destinados à ciência foram deslocados para outras finalidades e hoje há uma forte pressão de todos os lados - política, economia e da própria sociedade - para que a vacina chegue o quanto antes a todos com o maior índice de proteção possível.

O Brasil não investiu nem no Instituto Butantan, que trouxe a primeira vacina brasileira. Não adianta querer ter uma McLaren se o dinheiro é para comprar um Fusca.

Nada disso é possível se não há um investimento prévio em ciência. Inovação não nasce do dia para a noite, pois a ciência é complexa.

Envolve a realização de inúmeros estudos, testes, aplicações, etc, que não são feitas em um curto prazo de tempo.

E os pesquisadores estão diante da realidade de ter que desenvolver vacinas contra a Covid-19 em tempo recorde e é algo que deve ser reconhecido, pois hoje temos vacinas com mais de 90% de eficácia de proteção disponíveis no mundo.

Para se ter ideia, a vacina contra hepatite B demorou 16 anos para ser desenvolvida; para o vírus HPV, 25 anos; para o sarampo, 9 anos. Isso mostra que o investimento em uma vacina, como a da Covid-19, nunca teve tanta força.

Muitos líderes estão sendo formados por conta dessa decisão, da mesma forma que muitos estão perdendo seu cargo por esse fato.

Os próximos meses serão cruciais para a imunização da população brasileira e do mundo. Por aqui, estamos vendo um norte cada vez mais cheio de névoas, com a falta de insumos, um grande número de pessoas furando a fila, a falta de critérios claros e programação para a imunização dos grupos.

Mais do que nunca, é preciso agir para que um grande volume de pessoas seja vacinada em um menor prazo de tempo possível.

Além da vacinação, das máscaras, do isolamento social e das vacinas é preciso olhar para a questão estrutural da qualidade de vida das pessoas, o saneamento básico e a segurança no transporte público.

Não podemos focar somente em um aspecto - no caso, a vacinação. Quando ela terminar, o que iremos deixar de legado? Uma campanha de imunização ou uma população com uma condição de vida melhor?

* Daniel Minozzi é químico, mestre em ciências de materiais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e fundador e Diretor da Nanox, empresa especializada em nanotecnologia.

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Fonte: Digital Trix



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