Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O que move o corpo, antes aquece o coração

O que move o corpo, antes aquece o coração

25/09/2018 Acedriana Vicente Vogel

A atividade educativa necessita de energia (amor ou ódio) para que a aprendizagem aconteça.

Conseguimos dimensionar o valor daqueles que desempenharam para nós o papel de pais quando temos a oportunidade de sermos responsável por outro alguém. Várias situações que, no papel de filho, criticávamos, acabamos por repetir, sem sequer perceber, em consequência das nossas referências.

Há expectativa de que possamos sofisticar um pouco mais a lida com essa responsabilidade à medida da experiência de ter vivido a “saga de ser filho” e denunciar (algumas vezes, só em pensamento), tudo o que julgávamos errado, anunciando uma educação mais aderente ao nosso tempo. Mas, quase sempre, em cada posto que ocupamos, entramos como aprendizes, lançando mão, em boa parte, somente das nossas referências.

São inúmeras as situações que resultam dessa alteração de papéis. Uma delas, quase unânime, é a de que éramos bons filhos diante do tipo de educação à qual éramos submetidos, pois a tarefa de educar prescindia de um rigor, chegando ao limite da punição física.

Porém, quando buscamos resgatar essa memória com os nossos pais, nem sempre as coisas conferem. Talvez seja porque “quem bate esquece, mas quem apanha, jamais”. É humano buscar as referências para utilizar em nossas atitudes cotidianas. Porém, é inteligente que essa referência se atualize, a partir de uma revisão histórica.

A geração que hoje frequenta o ensino básico é interativa por essência - e inclusiva pelas características próprias do estilo de comunicação e relacionamento inerentes às comunidades virtuais as quais pertencem. Logo, as iniciativas que desconsideram esse perfil tendem a fracassar por falta de conexão com a atualidade. A resposta: "faça assim porque sou seu pai" não encontra eco.

Autoridade, nesse contexto, passa muito mais pelo respeito (necessariamente bilateral) do que pelo medo. Cada criança ou jovem necessita de limites restritivos para se constituir socialmente, mas, também, limites preservados, que assegure a construção saudável da sua intimidade e, por sua vez, da sua identidade. Adultos que invadem os espaços de intimidade daqueles pelos quais respondem, vigiando para punir, constroem uma relação frágil de confiança, impedindo a experiência prática de agir, assumindo as consequências pela sua ação. Essa experiência permite exercitar as escolhas. Afinal, viver é fazer escolhas.

Preservar a intimidade não nos isenta de acompanhar, dialogar e, sempre que possível, participar da vida daqueles pelos quais somos responsáveis. A sabedoria popular já preconiza que o que diferencia o remédio e o veneno é somente a dose.

Como cada ser humano é único (podemos evidenciar em uma família com vários filhos, que o que foi adequado para um, pode ter deixado sequelas profundas em outro), a alquimia que ajusta a dose adequada acontece na ação de quem participa de perto, ajudando na arte de fazer as melhores escolhas. O que aniquila as relações é a indiferença, pois a atividade educativa necessita de energia (amor ou ódio) para que a aprendizagem aconteça. E aí, incontestavelmente, o que nos move, antes aquece o coração.

* Acedriana Vicente é diretora pedagógica da Editora Positivo.

Fonte: Central Press



Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre