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O verdadeiro custo Brasil

O verdadeiro custo Brasil

11/04/2012 José Estevão Cocco

Há várias décadas que ouço falar do tal de Custo Brasil.

E também há várias décadas e vários governos que se insiste em desconsiderar o assunto. Cada vez que a indústria chora, providencia-se uma mamadeira morna e tudo fica por isso mesmo. De medidas pontuais em medidas pontuais vai se empurrando com a barriga. Medidas protecionistas e reservas de mercado que apenas pioram a situação. Nos primórdios da Informática, nosso mercado ficou totalmente fechado beneficiando um grupo ou outro. Telefones a preços escorchantes, computadores idem.

O contrabando comendo solto. Após esses 20 anos, como não dava mais como segurar, foi semiaberto o mercado. Como não tivemos desenvolvimento no setor, não tivemos produtos nem mão de obra especializada. Agora se fala em subsídios para fabricação de semicondutores no Brasil. Não é o fim da cara de pau!? Esse exemplo se aplica a centenas de outras atividades. Inclusive e principalmente na indústria automobilística no episódio das carroças. Esse novo pacote de "bondades" feericamente apresentado como salvação da Pátria, teve a pior repercussão possível.

A chiadeira foi unânime. De que adianta baixar o custo da folha de pagamento de maneira absolutamente enganosa? O valor da folha de pagamento tem embutidos os verdadeiros e exorbitantes custos da mão de obra no Brasil. Esses custos englobam o 13º, os 10 dias em dinheiro além dos 30 dias de férias, o famigerado FGTS e os absurdos 60% de multa na dispensa do funcionário relapso e sem qualquer comprometimento com a empresa, desestimulando a meritocracia, os custos obrigatórios com sindicatos patronais e de empregados, o recente acréscimo de mais um mês de aviso prévio de acordo com a quantidade de anos trabalhados, o custo exorbitante e extra de assistência médica apesar do recolhimento ao INSS, os custos de formação da mão de obra - obrigatoriedade do governo, mas arcado pela empresa - que qualificam o funcionário que, depois de treinado/formado vai em busca de outra empresa.

Além de tudo isso, as empresas brasileiras ainda são obrigadas pela falta do governo a proverem cursos educacionais e creches, etc., etc , etc... Mas o pior de tudo isso é o que realmente fica no bolso do trabalhador. Faça as contas subtraindo do total do custo dos empregados o valor líquido que o funcionário recebe! É um absurdo e inacreditável. Menos do que cerca de 30%. Se uma empresa gasta, por exemplo, R$ 100,00 com determinado funcionário, o valor que ele recebe é de menos do que R$ 30,00! O restante é do governo. Se não existisse essa parafernália toda, os 70% que não chegam ao trabalhador poderiam dobrar o valor líquido de seus salários. Essa sim seria uma maneira de valorizar o trabalho, tirando de circulação os sanguessugas da massa trabalhadora e os burocratas de plantão permanente.

E, ainda, livraria as empresas de seus batalhões de funcionários dos RHs que, por maiores e especializados que sejam, não conseguem acompanhar a avalanche de leis, normas, resoluções, acordos e tudo o mais. Portanto os 20% do INSS, que abatido o percentual do faturamento, viram menos do que 9% e, assim mesmo, para alguns segmentos. O trabalhador brasileiro é muito "protegido" e muitíssimo mal pago. E caríssimo para a empresa. Vide as estatísticas mundiais recentemente publicadas.

*José Estevão Cocco é publicitário e diretor presidente da J.Cocco Comunicação Integrada de Marketing.



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