Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Os 1001 benefícios de falar inglês

Os 1001 benefícios de falar inglês

19/10/2012 Andressa Costa

Estudar inglês durante a infância atrapalha a alfabetização? O aprendizado de uma segunda língua interfere no domínio da língua materna, ou vice-versa? Já está mais do que comprovado que tais questões não passam de meros mitos.

Isso porque, com o cérebro em pleno desenvolvimento, a construção de novas habilidades se torna muito mais fácil. Além do mais, crianças têm maior facilidade na pronúncia e melhor fluência devido à grande capacidade de diferenciar sons e à maior flexibilidade de suas articulações vocais.

Uma pesquisa da University College, de Londres, ao avaliar o cérebro de 105 pessoas, constatou que aquelas que cursaram inglês entre 5 e 10 anos fizeram mais conexões cerebrais, tiveram aumento da massa encefálica e, portanto, adquiriram mais chances de ser fluentes na língua. Vemos então que, tanto do ponto de vista auditivo e fonético, quanto do ponto de vista neurológico, é mais fácil aprender inglês na infância. Mas, então, será o fim para adultos e adolescentes? Jamais! Nunca é tarde para se aprender um segundo idioma, principalmente quando se trata da língua global, o inglês.

O aprendizado da língua inglesa traz inúmeros benefícios para todas as faixas etárias. Apesar de a melhor fase da vida para se aprender inglês ser na infância, é possível obter fluência na fase adulta também. Basta se trabalhar com métodos apropriados. Para ensinar uma criança, por exemplo, precisamos trabalhar com a ludicidade, que é o que ela tem de real. E quando trabalhamos com adultos, temos que usar a contextualização, trazendo, também, o idioma para a realidade desses alunos.

Mas voltemos a falar dos benefícios que o domínio desse idioma traz. Quando uma criança estuda inglês, ela estimula as suas funções cognitivas, o que, consequentemente, facilita o aprendizado de outras disciplinas (como matemática, ciências etc.).  E, além disso – desde que com metodologia adequada, como o uso de jogos, brinquedos, imagens, tecnologia e interação –, ela desenvolve outras funções primordiais, tais como motricidade, percepção sensorial, esquema corporal, pensamento, linguagem, expressão artística, sociabilidade e conhecimentos gerais.

Já para adultos e adolescentes, podemos ressaltar os seguintes benefícios: elevação da autoestima, promoção no trabalho, comunicação em outros países, compreensão de manuais, livros, revistas internacionais (que também são usados no Brasil hoje em dia), além da expansão da mente para um universo multilíngue e multicultural.

Aliás, a questão cultural é um dos aspectos mais interessantes do domínio de outros idiomas, pois interfere diretamente no aprendizado da língua. Imagine, por exemplo, que um estrangeiro venha visitar o Brasil no mês de março. E num dia de chuva, ele escute alguém dizendo: “É, são as águas de março fechando o verão...”.

Ele certamente pensará que no Brasil chove com frequência no mês de março. Porém, se ele perguntar a alguém o porquê do uso de tal expressão, ele descobrirá que temos uma música famosa que se chama “Águas de Março”. Dessa forma, ele conhecerá um pouco mais da nossa cultura, nossa música e nossos compositores.

Da mesma maneira, quando estudamos a língua inglesa, ao nos deparar com alguma expressão idiomática, por exemplo, acabamos por descobrir a história de algum lugar ou outro fato cultural. E, por se tratar da língua global falada em vários países, conhecemos mais da cultura universal. Em meio a tantos benefícios, por que no Brasil ainda há grande dificuldade em formar falantes seguros da língua inglesa? Infelizmente, vemos várias notícias de várias oportunidades que o nosso país vem perdendo por falta de profissionais bilíngues.

Sem falar no turismo receptivo que é ineficaz. Mas, se as crianças passam sete anos aprendendo inglês na escola regular, por que elas não conseguem se comunicar efetivamente e têm de buscar um curso em uma escola de idiomas especializada?  Uma das respostas para essa questão é a falta de uma metodologia adequada. O ensino de inglês no Brasil, infelizmente, ainda não tem como foco a comunicação.

Os alunos passam anos aprendendo regras gramaticais, tradução e outros aspectos que, apesar de necessários, colocam em segundo plano o principal: a comunicação, a oralidade.  Além disso, os professores não recebem a devida formação para trabalhar de maneira efetiva o ensino da língua inglesa na sala de aula, e também não se formam no curso de Letras dominando o idioma.

O Brasil precisa repensar e reformular sua estrutura de ensino da língua inglesa, tomando atitudes como expansão do ensino para a educação infantil e séries iniciais, remodelação do currículo das universidades dos cursos de Letras etc.

Algumas providências já têm sido tomadas com relação a isso, como a formação de professores em outros países, com parcerias internacionais e cursos de idiomas online oferecidos pelo governo para alunos do Ensino Médio. Porém, ainda há muito que fazer.

É preciso transformar uma cultura desatualizada em uma cultura do século XXI, assim como alguns países já fazem naturalmente, adotando o bilinguismo nas escolas regulares e desde a primeira infância, por exemplo. Afinal, uma nação bem formada significa um país desenvolvido e em constante crescimento econômico. Por meio dessa transformação, o Brasil conseguirá formar cidadãos desenvolvidos e multilíngues, capazes de atuar com sucesso nesse universo globalizado que vivemos hoje.

Andressa Costa é gestora e educadora financeira, consultora de língua inglesa e orientadora educacional da Planeta Educação.



A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado