Os erros mais comuns de quem busca um sócio
Os erros mais comuns de quem busca um sócio
Partir para uma sociedade é um jeito simples de dividir custos e unir esforços, muitas vezes permitindo que um profissional ajude o outro por meio da sua especialidade.
Quando dão certo, as sociedades podem ser ótimas, mas quando dão errado, elas prejudicam todos os envolvidos. Sociedades ruins podem impactar a vida pessoal dos sócios e também dos clientes e tornar uma boa fonte de renda em uma bela dor de cabeça. Fábio Zugman, autor de livros sobre empreendedorismo e criatividade, fala sobre os erros mais comuns de quem busca sócios para um empreendimento:
1) Não confunda amizade com sociedade: Muitas sociedades começam com amigos conversando, tendo ideias ou se formando juntos. Apesar de ser ótimo trabalhar com amigos, é preciso tomar cuidado com algumas questões práticas: As pessoas envolvidas podem contribuir de forma adequada e profissional à sociedade? É preciso avaliar as habilidades, a disposição e o papel que cada um vai desempenhar na empresa, para que os amigos não virem ex-amigos.
2) Não definir expectativas: As pessoas tem objetivos e sonhos diferentes. Um pode querer um grande e imponente escritório, outro pode ficar feliz em pagar as contas e passar o fim de semana na praia. Muitas sociedades acabam porque, no meio do caminho, as pessoas descobrem que tinham objetivos diferentes. É importante ter uma conversa franca sobre o que cada um espera e o que cada um está disposto em contribuir.
3) Não possuir um “plano B”: Por mais que seja desagradável, é preciso possuir um plano B. O que fazer se as coisas derem errado? O que fazer se um dos sócios quiser sair? Ou se uma das sócias resolver ter filho e se ausentar por alguns meses? E se alguém quiser vender sua parte a outra pessoa? Apesar de parecer pessimismo, é preciso definir o que fazer caso um dos sócios queira se ausentar, sair ou até se a sociedade acabar, é uma forma de não ter problemas situações que podem se tornar delicadas no futuro”.
4) Escolher pessoas que não se comportam como sócias. Um sócio é em parte dono do negócio. Com isso, as responsabilidades aumentam, a pessoa deixa de ser um funcionário e passa a ter que se preocupar com questões mais gerais da empresa. Muitos sócios, principalmente de perfil técnico, acabam delegando a função de dono ao outro sócio e dedicam-se ao que gostam de fazer. Se isso for combinado, não há problema, mas na prática pode gerar atrito e ressentimento entre os participantes da sociedade.
O que podemos concluir de tudo isso? “Devemos analisar com cuidado nossas opções, pensar sobre as possibilidades, discutir possíveis problemas e então tomar uma decisão equilibrada. Tudo que é negociado no começo vale a pena.” Finaliza o autor.
*Fábio Zugman é professor universitário e Mestre em Administração pela UFPR.