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Pai todos os dias

Pai todos os dias

03/08/2020 Luiz Carlos Amorim

Mais um Dia dos Pais se aproximando e isso deixa mais vivo na memória que minha filharada está tão longe, que a casa está vazia e isso dá uma saudade danada.

Fernanda mora em Nice, na França, embora esta semana esteja na Grécia. Estivemos morando em Lisboa, este ano, mas não pudemos visitar Fernanda, tão perto, em decorrência da pandemia do coronavírus.

Daniela está em Lisboa e ela e Pierre também viajam bastante, mas não podem viajar este ano, para vir ao Brasil e trazer o nosso neto Rio, pelo mesmo motivo que não pudemos visitar a filhota que mora na França: a pandemia de covid 19. Mataria dois coelhos com uma só cajadada: poderia ter a filhota aqui e o neto também.

No ano passado também moramos em Lisboa, por sete meses, eu e Stela, para ficar perto do neto recém-nascido e Fernanda esteve lá, para visitar a todos nós e paparicar o sobrinho e afilhado, que ela é a Dinda.

A filharada faz muita falta, não só nesta época. E o Dia dos Pais não só aumenta a saudade, mas me faz pensar no privilégio de ser pai.

É interessante que até algum tempo atrás, quando era um pouco mais jovem, eu achava que era um ótimo pai.

Mas o tempo foi passando, a gente começa a ver tudo com mais clareza e comecei a tomar consciência de que não fui aquilo tudo como pai das minhas filhotas.

Queria ter ficado mais tempo com elas, queria ter vivido mais a infância delas, queria ter aprendido mais com Fernanda e com Daniela, queria ter trabalhado menos e vivido mais a adolescência delas.

Queria ter aprendido com elas a dar mais carinho, a expressar melhor os sentimentos, queria ter sido mais pai.

Queria não ter ficado longe delas por dois anos, por causa do trabalho, vendo a família só no fim de semana. Isso faz falta, muita, e a vida não vai me devolver nem um dia.

Sei que fizemos alguma coisa certa, eu e Stela, pois nossas meninas são pessoas educadas, inteligentes e capazes, assim como solidárias e carismáticas. Mas sei também que eu poderia ter sido um pai melhor.

Então, o grande presente que tenho, sempre, em qualquer dia, até no Dia dos Pais, é ter sido pai de pessoas de almas e corações tão grandes e abençoados. O tempo de vê-las crescer foi o tempo mais feliz da minha vida.

Agora tenho a abençoada oportunidade de ter o meu neto. Presentes incomensuráveis que os filhos podem nos dar. E neste Dia dos Pais e em todos os outros dias eu agradeço por isso.

PS.: Já passou tanto tempo, mais de trinta anos, mas ainda não consigo escrever sobre a perda de nossa pequena Vanessa, que se foi muito rápido, no dia seguinte ao de sua chegada. Ainda dói muito.

* Luiz Carlos Amorim é escritor, editor, revisor, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA em SC.

Fonte: Luiz Carlos Amorim



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