Para não se cair em heresias
Para não se cair em heresias
Atualmente, seguir os ensinamentos de Jesus é para muita boa gente: excentricidade.
Na missa solene de abertura do Conclave, que elegeu o Papa Francisco, Joseph Ratzingar, na homília, disse: “Ter uma fé, segundo o Credo da Igreja, é hoje, com frequência, etiquetado como fundamentalismo. O relativismo, ou seja o deixar levar-se daqui para ali, por qualquer vento de doutrina, parece como a única atitude dos tempos modernos.”
Atualmente, seguir os ensinamentos de Jesus, reunidos no Novo Testamento, é, para muita boa gente: excentricidade. Na nossa época, muitos cristãos, humanizaram Deus; e criaram doutrina a seu gosto.
Certo sacerdote (não católico,) com quem convivi durante anos, disse-me: que há passagens e até Epistolas, que melhor era esquecê-las (!); porque não se enquadram no contexto bíblico, ou são antiquadas!!! …
Concordo que há conselhos – não de Deus, mas dos homens, – que podem e devem ser interpretados como modas ou costumes, que nada têm de doutrinário. Vg: o uso de cobrir a cabeça, durante o culto; mas o Decálogo e as sentenças de Cristo, são imutáveis. Se as alterarmos ou adaptamo-las ao nosso modo de ver, continuamos a ser religiosos, mas não cristãos.
Uma coisa é ser religioso; outra, é ser cristão, e seguir – sem duvidar os ensinamentos de Jesus e de Seu Pai. Há quem frequente o templo – uns, por conviveu; outros, por ser bom ou parecer bem, – acredite, mas adapta, os Mandamentos, de harmonia com sua conduta.
Alterar as indicações que Cristo ensinou, em Israel, e registadas pelos Apóstolos, é cair em heresia. Essa tentação, esse desejo, verifica-se desde o primórdio do cristianismo, dando origem a seitas.
Infelizmente, a maioria das Igrejas – Católica e Evangélicas, – são escrupulosas em seguir o Decálogo e a doutrina ensinada por Jesus. Certo é, que existem divergências; mas no essencial, encontram-se de acordo.
Recomenda-se, aos fiéis, confrontar o ensino da sua Confissão, com a Bíblia. Mas, a Bíblia, se não é católica, seja editada pelas Sociedades Bíblicas, para não se correr o risco de traduções ou pontuações, que alterem o pensamento de quem A escreveu, inspirado por Deus.
Não basta ser religioso; quase todos os homens são; é preciso: aceitar Cristo. Aceitar Cristo, não é só rezar a Deus Pai, mas seguir – o melhor possível, – a doutrina do Homem de Nazaré.
Digo o melhor possível, porque todos somos imperfeitos. Tentemos, pelo menos, não ser “duplos”: crentes no templo agnósticos na vida. Porque, o crente, tanto o é no templo, como: na vida familiar, na empresa, na política e no desporto…; é-o em toda os atos e atitudes.
Nunca esqueça: Quem nos salva é Cristo, e não a Igreja.
* Humberto Pinho da Silva
Fonte: Humberto Pinho da Silva