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Pilates e o gerenciamento do stress

Pilates e o gerenciamento do stress

30/06/2011 Suely Tambalo

Mais do que uma atividade complementar para preparar o corpo de forma equilibrada para a corrida, a prática de Pilates vai muito além do condicionamento dos músculos, da correção do gesto técnico e da prevenção de lesões.

Criado com a intenção de restabelecer e manter a saúde integral do indivíduo, o método Pilates tem papel de extrema importância no gerenciamento do stress negativo em nossas vidas. Primeiramente porque o método foi estruturado levando em consideração a forma pela qual devemos nos mover para atingir o perfeito equilíbrio e economia de movimentos, respeitando as estruturas anatômicas e biomecânicas do corpo. Para tanto, cada exercício foi pensado para ser realizado de determinada forma e ritmo, com baixo número de repetições e alta qualidade de execução. Isso foi possível porque Joseph Pilates, criador da técnica foi atento observador da natureza e dos animais e estudioso praticante de diferentes formas de esportes e atividades físicas.

Ele conseguiu reunir em uma só técnica a sabedoria das práticas milenares do oriente, como o yoga e as artes marciais, e o treinamento físico com vistas ao condicionamento e fortalecimento do corpo praticados no ocidente. Levando em consideração não apenas que exercícios realizar, mas principalmente como realizá-los, vamos realmente atingir o controle e a consciência necessária para a prática do Pilates. E de que forma isso ajudaria a equilibrar o stress?

Primeiramente pela prática consciente e completa da respiração durante a execução de todos os exercícios. Segundo B.K.S. Iyengar, mestre indiano de Yoga, “controlar a respiração e observar seus ritmos aquieta a consciência. Ao controlar a respiração você está controlando a consciência, e, ao controlar a consciência, você dá ritmo a respiração”. Já se comprovou que a respiração lenta e profunda reduz significativamente os níveis de cortisol no sangue ao longo do tempo.

A hipersecreção contínua de cortisol, responsável pela reação de estresse generalizada, é a responsável pelos estados negativos como depressão, por exemplo, e, em contrapartida, baixos níveis de cortisol estão relacionados a sensação de bem-estar. Por esse motivo, terminamos uma aula de Pilates sentindo o corpo trabalhado, energizado e com uma grande sensação de bem-estar. Outro componente para a redução do stress é aprender a mover-se sem tensão, usando apenas os músculos necessários para a realização de um determinado movimento. O relaxamento consciente e seletivo proporciona maior economia de movimentos, facilita a fluidez, o controle e a precisão de movimentos. A concentração garante a execução de movimentos conscientes e corretos.

Ao concentrar-se em si mesmo, no próprio corpo, elimina-se a tendência de vaguear a mente por assuntos diversos que não nos ocupam aqui e agora.  A melhor notícia é que exercitar-se desta forma traz benefícios não apenas durante e logo após o término da aula de Pilates. Esse aprendizado de si mesmo é levado para todas as situações cotidianas nos ajudando a reconhecer os estados físicos e mentais e consequentemente nos proporcionando a oportunidade de agir de forma mais eficiente e consciente em todos os planos da vida. Aquietar a mente, desenvolver equilibradamente o corpo reconhecendo o seu limite integra nosso ser e nos aproxima de nossa alma. Era isso que Joseph Pilates almejava com seu método: a saúde integral.  Está aí a nossa disposição, experimente!

* Suely Tambalo é professora do CGPA Pilates.

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