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Pirataria que faz mal à saúde

Pirataria que faz mal à saúde

12/07/2010 Leandro Tavares

A maioria da população nem imagina, mas produtos essenciais à saúde, os medicamentos, vêm sendo alvo cada vez mais comum da pirataria. Porém, diferentemente de quando uma pessoa compra um videogame ou DVD pirata, quem consome um medicamento pirateado nem imagina que está sendo vítima desse crime.

De acordo com dados da ANVISA, em 2008 foram apreendidas 216 toneladas de remédios e cerca de mil caixas de comprimidos irregulares. Até o fim de novembro de 2009, haviam sido apreendidas 329,5 toneladas de medicamentos e mais de 30 mil caixas de comprimidos, o que resultou na apreensão de 168 pessoas. Este significativo aumento é um forte indício de que o problema está se expandindo.

Do mesmo modo que a fiscalização está se intensificando, os meios de divulgação e distribuição de produtos piratas atingem cada vez mais pessoas. Antidepressivos e medicamentos contra a impotência sexual são constantemente oferecidos via internet através de spams. Anabolizantes e abortivos sem receita também são muito procurados. Medicamentos são vendidos em camelôs e há até registro de remédios falsificados encontrados em farmácias. A conscientização da população é a arma mais eficiente contra esses delitos.

Em agosto de 2009, foram descobertas quatro fábricas de medicamentos falsificados na Colômbia. De lá, as drogas eram enviadas para a Bolívia, de onde seguiam em caminhões para Cuiabá (MT) e, depois, eram distribuídas em diversas capitais brasileiras. Constatou-se nessas fábricas que as matérias-primas utilizadas eram essencialmente farinha e bicarbonato de sódio. Os comprimidos e ampolas eram falsificações de marcas famosas de remédios importantes, usados no tratamento de câncer e hipertensão.

As principais medidas que se deve tomar para evitar o uso de medicamentos falsificados são:

- nunca comprar medicamentos em feiras ou camelôs

- exigir sempre nota fiscal

- procurar um médico, caso note que o medicamento não está fazendo efeito

- verificar a integridade da embalagem. Prestar atenção no estado geral, além de checar se há todas as informações: nome do medicamento, lote, prazo de validade, nome do farmacêutico responsável e número de registro no Ministério da Saúde

- verificar se o medicamento tem bula e se a mesma é original ou fotocópia, se há muitos erros de ortografia

- checar os dispositivos de segurança (lacres e “raspadinha”)

- prestar atenção no tamanho das letras, cores e no aspecto geral do medicamento, comparando com lotes utilizados anteriormente.

Felizmente, mudanças são esperadas: está prevista para este ano a implantação de um sistema de monitoramento capaz de rastrear toda a cadeia de produção dos medicamentos, desde os fabricantes até o varejo. Isso seria feito através de um banco de dados e de códigos impressos nas caixas. Cada empresa participante da cadeia teria que inserir suas informações no banco de dados quando recebesse o produto. A previsão é que em 2012 até os médicos estejam envolvidos nesse sistema, de modo que a ANVISA possa verificar discrepâncias entre o número de receitas emitidas e as vendas de um determinado medicamento, por exemplo.

Enquanto este sistema ainda não é eficiente, devemos ficar atentos e denunciar qualquer suspeita de irregularidade ao Disque Saúde (0800-611997). Outro caminho é acionar a Secretaria de Saúde ou, ainda, o serviço de atendimento ao cliente do laboratório que fabrica o medicamento suspeito. A pirataria afetar todos à nossa volta, incluindo amigos e familiares. Não podemos nos omitir! E a informação é nossa maior proteção.

* Leandro Tavares é químico e coordenador de vendas da Bioagri Laboratórios.

Sobre o Grupo Bioagri

A Bioagri é um grupo de empresas de prestação de serviços analíticos, estabelecido primeiramente em Piracicaba-SP, em 1991. Atualmente, é o maior laboratório privado da América Latina em seu segmento, formado por 12 unidades distribuídas pelo Brasil, com cerca de 25.000 m2 de área útil de laboratórios e mais de 700 colaboradores.

O Grupo oferece um escopo de serviços diferenciados e diversificados em análises de alta complexidade, em oito segmentos de atuação: Ambiental, Agroquímicos, Alimentos, Fármacos, Saneantes, Cosméticos, Veterinário e Biocombustíveis.

A empresa mantém parceria com a Silliker, líder mundial em análises de alimentos. Instalada nos EUA, é controlada pela centenária empresa francesa Mérieux Alliance, que atua no desenvolvimento de soluções para a segurança alimentar.

Fonte: Novità Comunicação Estratégica



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