Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Protógenes, louco ou patriota?

Protógenes, louco ou patriota?

12/03/2009 Dirceu Cardoso Gonçalves

Desde julho do ano passado, quando a "Operação Satiagraha", tornou-se conhecida do público, o seu executor, delegado federal Protógenes Queiroz, está guindado ao status de personalidade.

Já foi convocado a depor em CPI, deu entrevistas a  programas em rede nacional de TV e foi capa nos principais jornais e revistas. Foi o pivô, inclusive, de uma crise no Judiciário, onde o juiz de primeira instância mandou prender e o presidente do Supremo mandou soltar o principal investigado. Seu afastamento das investigações trouxe muitas dúvidas que ele próprio, habilmente, procura minimizar. Seus desafetos o acusam de cometer excessos e de operar ilegalmente. Agora as investigações da própria Polícia Federal revelam que ele teria gravado ilegalmente conversas da ministra Dilma Roussef e do filho do presidente da República.

Meses atrás informou-se que ele já havia feito o mesmo com o ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, o senador Heráclito Fortes e os advogados Luiz Eduardo Greenhalgh e Nélio Machado, o primeiro ex-deputado e o segundo defensor do empresário Daniel Dantas, o principal investigado da Satiagraha. Seria de muito bom alvitre que se acabasse de imediato com todas as dúvidas que cercam o policial, suas atividades e, principalmente, a operação que lhe deu toda essa notoriedade. Do jeito que os fatos estão colocados, a opinião pública não tem como saber quem está com a razão ou, pelo menos, está fazendo parte "do bem". O Ministro da Justiça, a quem está subordinada a Polícia Federal - que é um órgão do governo - não pode abrir mão de apurar detalhadamente as atividades do delegado para verificar se ele teria agido no estrito cumprimento da lei ou exorbitado em métodos e procedimentos.

Por mais de uma vez já se tentou colocar na cabeça de Protógenes a carapuça de louco, megalomaníaco ou, pelo menos, desequilibrado. Alguém nessas condições não pode continuar exercendo a função de delegado federal, que envolve altas responsabilidades e riscos. Mas tudo isso não pode ser atribuído levianamente, através da decisão política ou do "achômetro". Tem de se comprovar. Se Protógenes cometeu excesso ou alguma ilegalidade, tem de pagar. Mas isso não pode servir de desculpa para minimizar ou inocentar os autores dos crimes que foram por ele  apurados. independentemente de quem sejam os investigados. O excesso policial não pode servir de cortina de fumaça para estancar o combate à corrupção e os maus hábitos.

Tudo o que Protógenes tem feito deve servir para a mais séria e justa punição a ele (nos casos de excesso) ou aos investigados, quando os seus crimes e desvios estiverem evidentes. A dúvida chega a ser uma grande tortura. O Governo, o Judiciário, o Ministério Público e principalmente a sociedade, não podem conviver indefinidamente com a incerteza. É preciso informá-los com urgência urgentíssima quem, realmente é o delegado Protógenes e o que significa tudo o que se tem falado a seu respeito e aquilo que ele próprio tem dito. Do contrário, continuarão no ar aquele mau-cheiro de corrupção, e a certeza da impunidade e clientelismo, que tanto enjoa o país. Tanto o povo quanto as instituições não merecem viver nessa dúvida cruel...

*Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).



Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves