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Quando a ideologia supera os fatos

Quando a ideologia supera os fatos

31/08/2014 João Luiz Mauad

Ao primeiro sinal de vazamento de petróleo no mar, a imprensa mundial, mais que depressa, começa a publicar fotos de aves marinhas cobertas de óleo, agonizando até a morte.

Ao mesmo tempo, autoridades mundo afora se apressam a processar as empresas responsáveis pelo dano ambiental, não raro cobrando multas que, em alguns casos, vão muito além do razoável. A British Petroleun (BP), por exemplo, teve de pagar multas no valor total de 4,5 bilhões de dólares após o acidente na plataforma do Golfo do México.

Além disso, alguns de seus dirigentes foram processados criminalmente pelo governo americano. Já no estado de Dakota do Norte, sete companhias de petróleo foram acusadas, por procuradores federais, de matar aves migratórias, que morreram após pousarem em poços contendo resíduos de óleo. As acusações envolveram 28 pássaros mortos. A pena para cada ave morta é de seis meses de prisão, e uma multa de US $15.000. Em 13 de agosto de 2009, a ExxonMobil se declarou culpada em tribunal federal das acusações de ter matado 85 aves migratórias protegidas.

A fim de evitar penas maiores, a empresa concordou em pagar US $600.000 em multas pelas mortes, que ocorreram depois que os animais entraram em contato com hidrocarbonetos em tanques e instalações de águas residuais, localizados em Propriedades da empresa em cinco Estados. Em resumo, a morte de cada pássaro custou à empresa mais de US $7.000. Agora, o outro lado da moeda. Fontes do governo estimam que um mínimo de 440.000 aves atualmente são mortas anualmente por colisões com turbinas geradoras de energia eólica.

Na ausência de normas claras e legalmente exequíveis, a expansão massiva da energia eólica nos Estados Unidos irá provavelmente resultar na morte de mais de 1 milhão pássaros a cada ano, até 2020. Malgrado esses números absurdos, não há notícia de qualquer processo ou cobrança de multas contra as empresas geradoras de energia eólica, não por acaso, uma das meninas dos olhos dos ambientalistas. Enquanto isso, na Califórnia, suspeita-se que a recém inaugurada mega usina de energia solar de Ivanpah, no deserto de Mojave, esteja matando anualmente perto de 28.000 pássaros e milhões de insetos, causando um dano ambiental incalculável na região.

Autoridades disseram que Ivanpah está atuando como uma “mega-armadilha” para a vida selvagem, uma vez que a luz brilhante da usina atrai insetos que, por sua vez, atraem pássaros comedores de insetos, que voam para a morte, carbonizados pelos intensos raios de luz. A pergunta que fica é: quanto vale a vida de um pássaro, afinal? Bem, ao que parece,se você é uma companhia de petróleo ou gás, ela pode variar de $7.000 a $20.000 por ave.

No entanto, se você é uma usina de energia eólica ou solar, não custa rigorosamente nada, pelo menos até agora. Trata-se, como se vê, de um exemplo clássico da aplicação da velha cláusula, tão cara aos esquerdistas em geral, segundo a qual não se deve dar tratamento igual aos desiguais.

Só isso explicaria por que, nos Estados Unidos, onde há dados estatísticos suficientes, existem centenas de processos contra empresas de petróleo e gás ao longo das últimas duas décadas, por violações à lei que protege as aves migratórias – uma norma de 1918, enquanto nenhum caso foi levado, pelo menos até agora, às cortes do país contra usinas eólicas ou solares, que provavelmente matam muito mais pássaros. A coisa fica ainda mais inexplicável quando olhamos para os volumes de energia produzidos a cada ano por essas duas chamadas fontes alternativas.

As usinas eólicas e solares produzem, em termos globais, perto de 0,8% de toda a energia consumida no mundo. Já nos Estados Unidos, elas são responsáveis por somente 2% de toda a energia consumida, enquanto o petróleo e o gás, os grandes vilões dos pássaros, são responsáveis por cerca de 44%. Trata-se de uma desproporção gritante. Em outras palavras, é muita ave morta para tão pouca energia produzida. Será que vale à pena?

*João Luiz Mauad é Administrador de Empresas e Diretor do Instituto Liberal.



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