Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Regulação econômica não… é censura econômica

Regulação econômica não… é censura econômica

24/08/2014 Bernardo Santoro

Os jornais têm citado um comentário da Presidente Dilma sobre uma futura tentativa de “regulação econômica da mídia”.

A regulação econômica hoje já é feita a partir do uso de verbas públicas para fins de publicidade e pressão sobre entidades privadas para não fazerem publicidade, e o Governo escolhe entregar mais verbas públicas a título de publicidade para veículos da mídia que (I) estejam alinhados com o seu pensamento ou (II) sejam poderosos demais para serem ignorados. No primeiro caso se vê o esgoto do esgoto da imprensa brasileira: Caros Amigos, Carta Capital e o incrivelmente tosco “Brasil 247″, entre outros.

No segundo caso temos os grandes veículos como Globo, SBT, Band e Grupo Abril. No âmbito internacional, esse tipo de prática tem um nome mais contundente do que regulação econômica: censura leve (“soft censorship”). Quando se usa o termo “regulação”, as pessoas podem ter a ideia de que isso é uma coisa boa. Não devemos usar esse termo, e sim o termo “censura econômica”. Um relatório do Center for International Media Assistance, em 2009, traz detalhes sobre o tema em todo o mundo.

Em um mundo ideal, o certo seria cassarmos todas as verbas de publicidade pública de todo mundo. É uma vergonha que um Governo, que entrega um serviço monopolista e que não compete com ninguém, saia financiando imprensa por aí. Só que sabemos que esse mundo ideal é inalcançável. Uma segunda proposta, realmente muito longe do ideal e da qual discordo, seria a criação de um modelo legal que distribua as verbas de propaganda pública de acordo com a meritocracia, ou seja, de acordo com os índices de audiência (rádio e TV), tiragem (jornais e revistas) e visitação (sites).

Esse modelo diminuiria a influência política no setor de propaganda e reduziria a corrupção, mas não combate o problema da propaganda pública desnecessária. Uma manifestação clara de tentativa de calar a imprensa usando a censura econômica recentemente foi no caso SBT/Sheherazade, onde a Jandira e o PCdoB entraram com uma ação junto à PGR para acabar com o financiamento estatal e a concessão da faixa do espectro de ondas do SBT. Mais sobre o tema aqui.

Na verdade, o Governo foi além da censura econômica e efetivamente pensou na censura definitiva, que é a cassação da concessão, até agora mantida parada. O sistema de concessão de faixas de espectro de ondas é muito suscetível à interferência governamental, e também deve ser repensado um modelo que garanta maior segurança jurídica das empresas de telecomunicação contra a sanha interventora do Governo. Censura, seja de que origem for (econômica ou total), é dispensável em uma democracia plena.

*Bernardo Santoro é Diretor do Instituto Liberal e Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ.



Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli