Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Rolezinhos: A verdade por trás das redes sociais

Rolezinhos: A verdade por trás das redes sociais

22/01/2014 Maria Valéria Mielotti Carafizi

Desde o final de 2013, as redes sociais tem sido utilizadas pelos adolescentes de plantão para promover um “evento” cada vez mais conhecido nos shopping centers pelo país afora, o denominado rolezinho.

Muito distante de tratar-se de um fenômeno de cunho sócio político e que denotaria a retomada da velha luta de classes ou da busca por espaços politizados para o exercício da cidadania e que orgulhosamente poderia ser considerada um efeito da ida da população brasileira às ruas durante o ano que passou, o que se vê quando se questiona qual a verdadeira motivação de nossos adolescentes, conforme veícula a mídia, pasmem, é: ser visto(a), estar bem vestido(a), usar roupas, sapatos e acessórios de marca, paquerar e, principalmente, provocar reações nos frequentadores, ou seja, impor uma nova “cultura” vazia de filosofia, história, conteúdo ou de qualquer objetivo relevante para a nação.

Fácil observar que se tivesse cunho sócio político, o movimento, que mais parece apenas querer chocar, provocar e tumultuar, certamente não ocorreria em shoppings, templos do consumismo e do luxo, mas ocorreria em espaços públicos destinados a fins sociais, os quais podem, simplesmente, ser a rua de uma pequena cidade ou o campinho de futebol de uma das tão numerosas favelas deste Brasil. Não trata-se e jamais tratou-se de salvaguardar qualquer direito dos menos favorecidos, afinal de contas, a Constituição Federal faculta no inciso XVI o direito à reunião pacífica em locais abertos ao público.

Ocorre que não se pode concluir que desta prerrogativa emanem direitos coletivos como cometer ilícitos, perturbar a paz, esbulhar a posse, cometer furtos ou roubos ou desacatar a autoridade, porque esta mesma Carta Magna, no mesmo artigo, ainda prevê que todos são iguais perante a lei, que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a imagem, a honra, a propriedade e porque não dizer a ordem pública que, claramente, delineia as limitações aceitáveis de qualquer manifestação pública.

Na verdade em um ano de eventos internacionais no país e às vésperas de novas eleições o que se vê é que esta massa emburrecida e desprovida de conteúdo, é facilmente manobrada por intenções políticas eleitoreiras e populistas já que, infelizmente, a população é carente de instrução neste país onde o futebol e o funk reinam no imaginário popular. Se um político como Geraldo Alckmim incute na cabeça da população que entende “tratar-se de um fenômeno cultural” como publicamente declarou, claramente justificada a opção destes jovens em “festejar” e exibir sua nova condição de ascenção social, justamente nas dependências de um shopping center.

Se de um lado fala-se em suposta igualdade social, o que não coaduna com a verdade dos fatos, de outro é legítimo o direito dos shoppings centers, ou de quaisquer outros proprietários, em verem resguardados seus direitos à propriedade, à ordem e ao sossego. Do outro lado, ouve-se o jurista André Tavares explicando que há medidas legítimas que podem ser tomadas desde que previamente divulgadas e aplicadas à todo cidadão de maneira ampla, sem discriminação ou imposição de determinadas condições.

Enquanto isso, à mercê da ignorância, a palavra final fica com os adolescentes que com muito tempo livre nestas férias escolares, nas palavras do menor Renatinho, definem-se como “nóis não somo bandidos ruins, nem menor infrator, somos apenas a praga que o sistema criou”. E então, Brasil, é assim que prosseguiremos rumo ao futuro?

*Maria Valéria Mielotti Carafizi, advogada sócia da Mariz de Oliveira & Mielotti Carafizi Sociedade de Advogados.



O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan