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Se Marina vencer, como ficará a economia brasileira?

Se Marina vencer, como ficará a economia brasileira?

01/10/2014 Mateus Maciel

As intenções de voto da candidata Marina Silva vêm crescendo. Em pesquisa divulgada, a candidata do PSB está empatada com Dilma Rousseff e, caso as duas fossem para o segundo turno, Marina venceria a disputa.

Deixando de lado incertezas políticas e escândalos de corrupção, como ficará a economia caso Marina vença as eleições? É muito complicado fazer previsões em economia, mesmo tendo inúmeros dados. Ainda assim, analisando seu programa de governo, é possível ter uma ideia de como será o andar da economia durante o seu mandato.

Os assessores econômicos de Marina Silva são o professor Eduardo Giannetti (influente intelectual brasileiro), André Lara Resende (integrante das equipes do Plano Cruzado e Real) e o sócio da consultoria Datamétrica Alexandre Rands. Giannetti já disse que não participará do governo da candidata caso esta vença a eleição. Por outro lado, há rumores de que Lara Resende possa integrar a equipe, apesar de este não ter confirmado a informação.

A recuperação do tripé macroeconômico (regime de metas de inflação, geração de superávit primário e câmbio livre de manipulações do Banco Central) é um dos itens na pauta de reformas de Marina. O famoso tripé, criado durante o governo FHC, assegurou estabilidade econômica ao Brasil, mas acabou por ser esquecido pelo atual governo. A autonomia do Banco Central vem também sendo defendida enfaticamente pela candidata. Durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula e durante o governo de Fernando Henrique, a independência do BC do poder Executivo garantiu que a taxa SELIC não fosse definida segundo interesses do governo.

Livre do controle do governo, o BC está menos propenso a gerar um boom de crescimento artificial, através da redução forçada de juros e expansão de crédito. Essa “marcha forçada” ocorreu duas vezes, durante o governo Lula e de Dilma Rousseff. Os brasileiros foram às compras, o que fez com que o PIB crescesse 7,5%, em 2010. Entretanto, isso elevou a inflação e o endividamento das famílias, o que contribuiu para a o baixo crescimento dos anos seguintes.

A criação do Conselho de Responsabilidade Fiscal (CRF), independente e sem vinculação a nenhuma instância do governo, também esta na pauta da candidata do PSB. Dessa forma, os gastos do governo seriam controlados com mais rigor, diferente do que ocorre atualmente, onde a “contabilidade criativa” impera nos balanços do governo. Além disso, haverá estímulo a acordos bilaterais, o que acabaria por reduzir a dependência comercial do Brasil do MERCOSUL.

A ideologia bolivariana, que une os governos da Venezuela, Argentina, Uruguai, Bolívia e do Brasil tem se mostrado bastante ineficiente e contrasta com a ideologia pró-mercado da Aliança do Pacífico, composta pelo Chile, México, Colômbia e Peru. Basta saber se a candidata Marina Silva será capaz de colocar suas propostas em prática. Caso seu plano econômico seja seguido com rigor, o Brasil poderá crescer de forma sustentável, uma vez que haverá mais liberdade econômica, em relação a pouca que possuímos atualmente. Ainda assim, até (e se) seu governo começar, essas são apenas promessas.

*Mateus Maciel é Estudante de economia da UERJ e Especialista do Instituto Liberal.



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