Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Síndrome de Burnout

Síndrome de Burnout

20/12/2017 Thais Rabanea

Do entusiasmo ao esgotamento profissional.

Na década de 70, o psicólogo Herbert J. Freudenberger foi um dos primeiros a observar alterações significativas de humor, atitude, motivação e personalidade associadas à exaustão profissional, culminando na formulação do conceito clínico para o burnout (ou esgotamento), descrito como um “estado de exaustão física e mental causado pela vida profissional”.

A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, constitui uma síndrome psicológica decorrente da tensão emocional crônica, vivida pelos profissionais, sobretudo, cujo trabalho envolve o relacionamento intenso e frequente com pessoas que necessitam de cuidado e/ou assistência. Sendo um transtorno de alta prevalência entre profissionais da área de saúde.

Atualmente, a síndrome está registrada no Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde). O termo “esgotamento” é formado pela raiz originária do latim “gota” (gutta), que significa líquido a escorrer, acrescida do sufixo da mesma origem “mento” (mentus), que confere um sentido de uma ação sofrida no passado acompanhada de uma mudança de estado.

A palavra esgotamento parece nos remeter ao clássico provérbio português: “a última gota d’água faz transbordar o copo”. Situações novas, desafiadoras ou ameaçadoras provocam uma resposta adaptativa de nosso organismo, a qual chamamos de estresse.

Embora o estresse se configure como um mecanismo normal imprescindível para a manutenção da vida, ele pode se tornar patológico quando atinge o nível de exaustão, comprometendo substancialmente a saúde global.

Ambientes de trabalho tóxicos, caracterizados por carga excessiva de trabalho, remuneração inadequada, alta complexidade e hostilidade interpessoal, podem resultar em falência adaptativa e provocar o esgotamento. Aprender sobre o desgaste profissional e suas consequências potencialmente graves, bem como aumentar o conhecimento sobre como preveni-lo e tratá-lo são cruciais.

A síndrome de burnout é multidimensional e abrange três dimensões essenciais: exaustão emocional que se caracteriza pela sensação de estar no limite, falta de energia, fadiga e incapacidade de se recuperar de um dia para o outro; despersonalização que abrange atitudes de descrença, distância, frieza e indiferença em relação ao trabalho e aos colegas de trabalho; diminuição da realização pessoal, que implica em uma perda de sentido e entusiasmo pela atividade laboral.

É interessante observar que os profissionais que desenvolvem a síndrome de burnout são justamente aqueles que mais se dedicam e mais se identificam com os ideais e da profissão que exercem. Porém, tornam-se, ao longo do tempo, frustrados, desmotivados, descomprometidos e exauridos emocionalmente.

A humanização dos ambientes de trabalho, o resgate do sentido atrelado ao exercício da profissão e a moderação das expectativas são fatores que precisam ser reconsiderados em casos de esgotamento profissional.

Caso apresente ou observe em algum colega sintomas como dificuldade de concentração, cansaço excessivo, falta de energia, desânimo, alterações de sono e/ou apetite, apatia, isolamento, irritabilidade, dores de cabeça e adoecimento frequente, procure ou oriente a procura de um médico psiquiatra e um psicólogo.

* Thais Rabanea é mestre em Psicologia Médica e doutoranda em ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).



Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre


Argentina e Venezuela são alertas para países que ainda são ricos hoje

No meu novo livro How Nations Escape Poverty, mostro como as nações escapam da pobreza, mas também tenho alguns comentários sobre como países que antes eram muito ricos se tornaram pobres.

Autor: Rainer Zitelmann


Marcas de um passado ainda presente

Há quem diga que a infância é esquecida, que nada daquele nosso passado importa. Será mesmo?

Autor: Paula Toyneti Benalia


Quais são os problemas que o perfeccionismo causa?

No mundo complexo e exigente em que vivemos, é fácil se deparar com um padrão implacável de perfeição.

Autor: Thereza Cristina Moraes


De quem é a América?

Meu filho tinha oito anos de idade quando veio me perguntar: “papai, por que os americanos dizem que só eles vivem na América?”.

Autor: Leonardo de Moraes


Como lidar com a dura realidade

Se olharmos para os acontecimentos apresentados nos telejornais veremos imagens de ações terríveis praticadas por pessoas que jamais se poderia imaginar que fossem capazes de decair tanto.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra