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Tatuagem: A estampa da pele

Tatuagem: A estampa da pele

08/12/2009 Mariana Tannous Dias Batista

As pintas, as manchas de nascença e os sinais que a pele do ser humano apresenta são as marcas de identificação de uma pessoa dentro do grupo.

E quando essa forma de tornar-se único é feita de maneira artificial, por meio das tatuagens, essa ação poderia ser considerada uma forma de arte, ou seja, usar o próprio corpo como tela para retratar um desenho ou uma situação? A tatuagem é uma forma de alteração do corpo com o uso de pigmentação e agulhas, cujas técnicas são milenárias e aprimoraram-se ao longo dos anos, o que faz com que o recurso seja bastante conhecido e cultuado mundialmente. Relatos afirmam que a tatuagem surgiu como forma de simbolizar rituais religiosos ou de representar os guerreiros durante as batalhas, porém na atualidade, a ação de estampar o corpo pode representar diversos significados, dependendo da pessoa que realiza o processo.

Os desenhos retratados são os mais variados, os quais podem ser de pequenas estrelas até imagens que ocupem grande parte do corpo, por exemplo. Os tatuadores afirmam que a técnica é um dos maiores processos artísticos que existe, pois cabe ao tatuador desenhar a imagem escolhida, saber todos os recursos para reproduzi-la fielmente a representação no papel e escolher o tamanho e as cores de tintas adequadas para cada tipo de cliente. “Os tatuadores devem ser considerados como grandes artistas, pois é isso que eles são. Estas pessoas enfrentam o maior dilema que um artista poderia ter, pois sua obra de arte, simplesmente, não pode ser apagada ou deixada guardada em um quarto, já que sua arte é exposta pro mundo em todos os momentos”, afirmou o estudante de artes visuais Felipe Abreu.

Os motivos que levam uma pessoa a tatuar o corpo são bastante diversos, os quais incluem homenagens a pessoas, símbolos que representem um momento importante na vida, por ser uma tendência da moda, uma maneira de identificar-se e afirmar-se em um grupo ou apenas por apreciarem a arte. Porém não são todas as pessoas que gostam da idéia de ter o corpo marcado, seja pelas agulhas usadas ou pela idéia do desenho ser permanente, mesmo com as técnicas de remoção que o mercado apresenta. “Eu acho legal e bonito, pois dependendo do que se desenha é uma forma de arte sim. Mas não faria, porque tenho receio de ficar com aquele desenho pra sempre e de enjoar no futuro”, relatou a estudante de veterinária Bruna Ferreira, 20. A tatuagem ganhou tanto espaço na sociedade que existem feiras específicas para isso, onde as pessoas encontram-se para apreciar as exposições de fotos da arte, para fazerem mais tatuagens, ocorre o encontro dos maiores tatuadores do Brasil e, em algumas, do mundo e os concursos, como o da pessoa que tem o corpo mais tatuado, por exemplo.

Mas nem tudo é um mar de rosas desenhadas em tons de vermelho. Mesmo com toda a modernidade e tecnologia presente no cotidiano dos cidadãos, os portadores de tatuagens ainda sofrem preconceito, seja por pessoas mais idosas ou mesmo em uma entrevista de emprego, pois algumas profissões, de maneira implícita, não admitem que os profissionais sejam detentores dessa arte. “Penso que a tatuagem ainda não é muito bem aceita no meio jurídico, principalmente pelos profissionais mais antigos. A geração mais nova aceita melhor, mas a resistência ainda é grande, especialmente com as artes mais agressivas, como os tribais e os dragões, por exemplo.

No direito, quem faz tatuagem normalmente é em lugar escondido tanto pela pressão dos colegas como dos futuros clientes ou jurisdicionados, pois quase todo mundo acha ofensivo”, retificou o advogado Diego Espindola Sanches. Mesmo com todo o preconceito com as pessoas tatuadas, a tatuagem ganhou espaço no meio social, a qual passou a ser considerada como uma maneira de individualizar o indivíduo, de diferenciá-lo. Assim, a tatuagem deixou de ser estereotipada pelos costumes e hábitos sociais e é vista como uma forma de arte, ou seja, a arte de estampar a pele.

 

 

 

 

 



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