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Uma “conta” transmontana

Uma “conta” transmontana

10/02/2021 Humberto Pinho da Silva

Ouvi esta “conta” narrada pelo “tio” Jacinto, na terra natal de minha mãe.

Certo serão, do mês de Agosto, noite quente e de lua cheia, estava sentado nas escaleiras do “tio” Jacinto, juntamente com outros jovens, quando este, depois de ter olhado fixamente para a lua redonda e luminosa, disse:

- Sabem, o que significa aquelas manchas escuras, que aparecem na lua?

Ninguém respondeu. Então, começou a contar velha história, que, segundo nos declarou, escutara da boca de sua querida avozinha:

Era uma vez um homem, que nunca ia à missa, esse desleixo era motivo de escândalo, na aldeia, pois ele ia para o campo trabalhar.

Ora, certa ocasião em que tapava com silvas secas, fenda num cercado, fenda por onde poderiam entrar animais: cabras, porcos, ovelhas, apareceu-lhe Nosso Senhor, e disse-lhe:

- Não sabes que não se trabalha ao domingo?

- Sei, Senhor, mas… - respondeu o homem, desculpando-se da falta.

- Não há mas, nem meio mas: domingo é domingo. Terás teu castigo pelo mau exemplo que dás. E, para que o castigo te sirva de escarmento aos outros, como tu, serás bem visível para todos: aparecerás na lua, nas noites claras, sobraçando esse molho de silvas.

Dai em diante, quem afirmar a vista para a lua cheia, lá verá a sombra do desgraçado, com seu molho de silvas às costas. Concluiu o “tio” Jacinto, muito empertigado.

Todos tentamos, vislumbrar, na lua, o homem curvado, com seu molho de silvas. Então, meu priminho João, apontou para o céu com o indicador, esticando muito o braço:

- Eu vejo! …Eu vejo! …Eu vejo! …

- Não apontes, rapaz, para as estrelas, que te nascem cravos, nas mãos – Recomendou o “tio” Jacinto.

Todos se riram, troçando do cachopo. Mas meu priminho, muito compenetrado, ficou a mirar, receoso, as mãos.

E todas as manhãs, logo que levantava o sol, vinha ligeiro, ainda em pijama, ao meu quarto, para eu lobrigar se já haviam cravos…

* Humberto Pinho da Silva



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